"Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto."

quarta-feira, dezembro 30, 2009

"Está tudo dominado"


LULA, FILHO DO BRASIL


Texto da Profª Aileda de Mattos Oliveira


Chega-nos ao conhecimento mais uma demonstração de desequilíbrio psíquico do pífio representante da nação brasileira. A partir de sua ascensão, foram-se perdendo valores que cultivávamos como habituais normas de conduta. Essas mudanças são consequências das alterações semânticas, aceitas pelos órgãos jornalísticos, hoje, também, pouco afeitos à limpidez das idéias. Tais alterações são produtos dos erros de raciocínio e da falta de intimidade vocabular, que a incontinência verbal do senhor feudal, pela repetição, torna-as vernaculares. Tudo isso, aliado à esperteza de um espírito pusilânime, tem o poder de corromper os alicerces de todos os poderes da República.

Se a mentira passa à verdade; se o corrupto contumaz deve ser respeitado por não ser um homem comum; se uma organização terrorista, que inferniza os trabalhadores rurais, torna-se uma instituição lutadora em defesa dos direitos dos sem-terra, é transformar os antônimos negativos em palavras representativas de uma nova ética em curso.

Para que se consuma o novo dicionário da sordidez política brasileira, necessário se torna conhecer, a fundo, em todas as dimensões, o seu autor, personagem central de sua própria propaganda político-eleitoreira.. O autoendeusamento torna-o réu confesso do desequilíbrio de que acima nos referimos. Considerar-se a si próprio Filho do Brasil, é exigir a legítima paternidade, a um país que já sofreu todos os vexames do filho que não passa de um bastardo. Como se não bastasse as ofensas de sua diplomacia, ofende-se mais ainda a nação, anunciando a sordidez de cobrar do país a herança que acredita ter direito e pretende obtê-la, através da delegação de poderes de seus iguais, nas urnas em 2010. É mais uma indenização cobrada ao país, considerado culpado pelo filho ilegítimo, pela tendência inata de sua família, de não ter vocação para o trabalho. O filme que ilustra a vida do responsável pela obra de estropiamento da língua, “coincidentemente” será levado à exibição em primeiro de janeiro de 2010.

Regredimos ao populismo desenfreado do brizolismo e percebemos, claramente, a existência de dois Brasis: o que trabalha e estuda para o desenvolvimento nacional e o que vive de estelionato político, sorvendo os impostos pagos pelo primeiro dos Brasis. Em toda imoralidade, encontra-se a logomarca da Globo, que não pode perder dividendos, mesmo que seja patrocinando um retorno aos filmes da velha fase macunaímica da miséria colorida. Não há outro digno representante deste (para mim) repugnante personagem da baixa estima brasileira, criação de Mário de Andrade, que o etílico Lula.

Alguém da escória da personagem do filme em questão deve ter sido o idealizador do título e da narrativa. O embriagado de álcool e de poder tomou posse do Brasil e está alijando, aos poucos, a parte consciente da sociedade, mas ainda sonolenta, para os esconsos vãos que se tornarão guetos dentro em pouco, se não tomarmos uma veemente atitude. Já imagino este filmeco sendo veiculado no agreste, nos sertões, arrebanhando os ingênuos e estimulando-os ao analfabetismo, à bebida e à rebelião. A pressão para um conflito entre brasileiros está se fazendo prenunciar no horizonte. Esta indecência de filme, se consentirmos, se não reagirmos, se não clamarmos contra a mídia que lhe dará vida, poderá servir de estopim para tomadas de posição sérias que não vão deixar de fora a guarda particular do ébrio presidente: o MST.

Como dizem os traficantes do Rio, "está tudo dominado". Eles sabem o que dizem, infelizmente. Tudo está dominado, porque está corrompido pelo dinheiro fácil em troca da traição e da sabotagem. Apenas por patriotismo, sem levarmos nenhuma vantagem, porque pertencemos a outro grupamento ético, que não leu o glossário lulista, sabotemos o filmeco do palhaço de Garanhuns, desde já, para que, no ato da divulgação, caia no ridículo o Filho bastardo do Brasil, que bem poderia ser o Filho de outra coisa que já sabemos o que é. Embora não pareça, o caldeirão da divisão de classes já começou a esquentar. Como não tem a coragem de seu comparsa Chávez e é um poltrão como o Zelaya, usa desses artifícios ultrapassados, mas que caem como uma luva sobre a multidão de ignorantes do interior do país.

Aileda de Mattos Oliveira
Prof.ª Dr.ª de Língua Portuguesa
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

O "comovente" filme que relata a vida de Lula conforme bem lhe apeteceu ser contada, terá sua providencial estréia com a chegada do Ano Novo, ano eleitoral..."tá tudo dominado"!

segunda-feira, dezembro 28, 2009

QUE NOS ESTIMEM COMO SOMOS

É maravilhoso quando as pessoas à nossa volta
gostam de nós e nos tratam com apreço e simpatia.

Porém, nem sempre isso ocorre.

E não acontecendo, ficamos chateados,
pensando no que podemos fazer para nos tornarmos queridos...

Em conseqüência disso, modificamos atitudes,
simulamos hábitos, palavras e gestos;
freqüentamos lugares e chegamos a imitar
a outrem só para agradarmos...

Incorremos no erro de forçarmos
para agradar as pessoas e atraí-las a nos estimarem.

No entanto, na arte de viver,
é preciso aprender que a espontaneidade
é uma das maiores provas de afeição verdadeira e recíproca.

Quem se aproxima de nós e se "sintoniza" conosco,
deverá fazê-lo espontaneamente
e não por uma falsa imagem que criamos.

Não nos preocupemos em agradar a todos pois,
nem Jesus Cristo conseguiu.

Forçando atitudes, acabaremos nos sentindo infelizes.

Precisamos nos transformar,
só que com esforço sincero
de melhoria íntima e não teatralmente.

Que nos estimem como somos.

Se estimarmos aos outros, gostarem de nós será consequência.

" A suprema felicidade da vida é a convicção
de ser amado por aquilo que você é,
ou melhor, apesar daquilo
que você é."

* Victor Hugo *

Trecho do livro : "Reflexões Para a Paz"

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Papai Noel? Claro que existe!

A mala do ano ou a musa do apagão

Conheça os dez mais votados na eleição mais tradicional da temporada de prêmios

by Artur Xexéo

Quem disse que Dilma Roussef não é boa de voto? Pois dobre a língua. Depois de uma carreira política inteirinha construída em gabinetes, a ministra participa de sua primeira eleição verdadeiramente democrática e sai vencedora. Este ano não teve para mais ninguém. Deu Dilma na cabeça.

Ela é a minha, a sua, a nossa Mala do Ano.

Justiça seja feita: Dilma fez uma campanha impecável. Quando o concurso mal tinha começado, quando ainda não havia favoritos, Dilma arrumou um apagão, deixou o país quase todo às escuras e ainda deu uma série de declarações minimizando o desastre. Não deu outra. Ficou em primeiro lugar desde a primeira apuração. E, agora, quase no finzinho, quando seu nome já estava praticamente sendo superado por outras malas de destaque, ela foi a Copenhage para dizer que “o meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento”.

Dilma ganhou o pódio definitivamente.
Daqui para a frente, ela pode perder todas as outras eleições a que se candidatar. Já tem um vitória. É a mala do ano, primeira e única. Pesada e sem rodinha.

A vitória por maioria absoluta de Dilma só foi ameaçada pela força que Caetano Veloso tem nessa área. Ninguém aguenta mais ouvir Caetano tendo opinião formada sobre tudo. E, nas poucas vezes neste 2009 em que o leitor pensou que passaria uma semana inteira sem ouvir falar em Caetano Veloso, o cantor dava um jeito de levar um tombo no palco, e começava tudo outra vez. O número de votos no baiano, por sinal, foi uma síntese da predileção do eleitorado pelo voto na baianada da música brasileira. Caetano tornou-se vicecampeão, mas ele representa Claudia Leytteh (sei que ela não é baiana de nascimento, mas é baiana na alma), Ivete Sangalo, Carlinhos Brown... É o voto-axé. É a mala regional.

O terceiro posto ficou com um personagem que ainda não tinha aparecido em nossa lista anual. Ele é empresário, ele é rico, ele cuida da cidade, ele é mala: Eike Batista, o homem dadivoso que Madonna ainda não tinha encontrado em lugar algum do mundo. Vamos combinar que, desde os tempos em que tinha o nome na coleira da Luma, Eike merecia estar no Top Ten. Mas escapou. No entanto, a superexposição — como todo mundo sabe, superexposição é credencial VIP para entrar na lista dos dez mais — dos últimos tempos não permite que ele fique de fora. Eike conquistou um honroso terceiro lugar. É mala de rico. É uma Louis Vuitton legítima.

No quarto lugar apareceu uma mala que tinha tudo para ser a mais votada do ano, mas dividiu a preferência do eleitorado com o campeão.
É o ministro Edison Lobão, aquele que, quando soube do apagão, achou que nem era com ele, que não tinha nada a ver com aquilo.

Como já vimos, o apagão influenciou muito os votos deste ano. Mas, falando sério, é uma mala sem charme. Lobão é uma mala apagada.

Logo depois do ministro do apagão aparece uma mala pequenininha, do tamanho de uma minissaia: Geyse Arruda. A aluna da Uniban que criou, em pleno século XXI, um caso com cara de anos 50. Num primeiro momento, Geyse até teve a simpatia do eleitorado. Mas não resistiu ao primeiro flash. Aproveitou os 15 minutos de fama para ir ao programa de Luciana Gimenez, para dizer que tinha recebido convites da “Playboy”, para virar notícia em sites de fofoca, para passar por transformação em programas vespertinos da TV... Geyse é mala. Injustiçada, mas mala. Perseguida, mas mala. Vítima de preconceito, mas mala.

Devido ao tamanho de sua minissaia, virou a pochette do ano.

O sexto e o sétimo lugares devem ser anunciados juntos. Por que um ficou na frente do outro? Por que um é mais mala do que o outro? Tenho minha teoria. Eduardo Paes, o prefeito, ficou com a sexta posição; Sergio Cabral, o governador, com a sétima. Paes, a bem da verdade, começou a eleição com poucos votos. Mas aí implicou até com o coco na praia e, na reta final, posou para quela foto em que simulava pegar uma onda sobre sua mesa de escritório. Foi fatal. Eduardo Paes é mala esportiva. E, na modesta opinião do presidente do Trema — o Tribunal Regional da Mala Eleitoral —, só ficou na frente do governador porque o eleitorado acreditou que, cravando seu voto em Sergio Cabral, corria o risco de ele não aparecer para receber o prêmio. Certamente estaria fora do país. Sergio Cabral é uma mala perdida na esteira do aeroporto.

O espaço está acabando e ainda faltam três malas a serem abertas. São malas cheias, por isso estão ocupando tanto espaço. O oitavo lugar ficou com Jesus Luz, a mala acoplada. O modelo e DJ não falou muito, mas só sua performance de papagaio de pirata (papagaio mudo, que fique claro) já foi o bastante para ele aparecer entre os mais votados.
Em penúltimo lugar, encontramos uma mala da televisão. Neste 2009 não tivemos atrizes de novela ou participantes de reality shows.

Todos os votos sobraram, então, para Luciano Huck. O principal argumento do eleitorado foi o excesso de anúncios em que ele aparece como garoto-propaganda. É justo. Uma mala comercial.
E, por último, ela, a musa da irritação, a protagonista de “Irritando Fernanda Young” que, na verdade, deveria ser chamado de “Fernanda Young irritando”. Aquela que posa para a “Playboy” e ainda faz tese a respeito. É a mala que não foi depilada.

A todas as malas que se sentiram injustiçadas por não estar nesta lista, fica um conselho: não desista. Ano que vem tem mais.

ass. malas rosas byBeto

sábado, dezembro 19, 2009

Dito e feito

Reunião sobre meta climática termina e acordo fica para 2010

A última reunião de hoje na qual Brasil, China, Estados Unidos, África do Sul e Índia discutiram as metas climáticas --ou a falta delas-- terminou sem consenso. Uma declaração sobre o encontro que, como previsto, terminou sem acordo, será divulgada nas próximas horas.

Segundo informou a delegação brasileira, o conteúdo do documento será feito com vistas a um possível acordo apenas em 2010. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já se dirige ao aeroporto para retornar ao Brasil.

À esq., líderes da África do Sul, Brasil e EUA; à dir., premiê chinês ao lado de primeiro-ministro indiano

Estados Unidos e China, os dois maiores emissores de gases de efeito estufa, são os principais criadores de entraves para o acordo climático entre os 193 países participantes da 15ª Conferência do Clima, que ocorre desde 7 de dezembro em Copenhague.

Além da "briga" entre países emergentes e desenvolvidos sobre estabelecer metas obrigatórias de emissões de gases também para as nações mais pobres --o Protocolo de Kyoto obriga apenas os mais ricos a seguir as metas--, existe a polêmica sobre a criação de um fundo verde.

Os EUA propuseram um fundo bilionário para ajudar os países pobres a lidar com a mudança climática, mas condicionaram a contribuição a uma "transparência" dos países envolvidos e uma possível vigilância. Sobre isso, mais cedo, o presidente Lula disse que o fundo não podia ser usado como "desculpa" para intromissão nos países ajudados. A China também rechaçou um possível controle.

Nesta sexta, antes da última reunião sobre as metas, o premiê chinês faltou aos dois encontros improvisados pelos EUA e enviou um emissário --a atitude enfureceu líderes europeus e Barack Obama.

No começo do dia, o presidente Lula, que há dois dias tentava mediar com o francês Nicolas Sarkozy uma saída do impasse, declarou-se "frustrado" em sessão plenária com líderes mundiais. Na plateia estavam Obama, Gordon Brown, Wen Jiabao, Angela Merkel e outros.

Lula fez também uma oferta de doação para um fundo global de combate à mudança climática, como antecipado pela Folha na última quarta-feira.

Em discurso duro, feito de improviso e longamente aplaudido, Lula enumerou as ações do Brasil e disse que o país estaria disposto a contribuir para um fundo se isso salvar a conferência.

Já o americano Barack Obama, que tomou seu lugar no púlpito, criticou os países que não aceitam se submeter à verificação de suas ações --crítica velada à China. Os países desenvolvidos usam esse argumento para justificarem sua inação.

*

Como o disse: Bruce Bueno de Mesquita: "Copenhague será um fracasso", e foi.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

"Copenhague será um fracasso"

Bruce Bueno de Mesquita: "Copenhague será um fracasso"

É o que diz um cientista político americano que acerta 90% das previsões. Sobre a candidatura Dilma, ele afirma que as perspectivas não são boas

"Quer saber qual será o resultado da conferência das mudanças climáticas? Você acha que os líderes mundiais reunidos na cúpula de Copenhague, em dezembro, chegarão a um acordo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa em quantidade suficiente para deter o aquecimento global?”, pergunta o americano Bruce Bueno de Mesquita, de 62 anos. “Não sou nenhum climatologista, mas fiz meus cálculos e posso dizer: provavelmente não. Copenhague será um fracasso.” Ele é cientista político na Universidade Nova York e membro do Instituto Hoover, um centro de pesquisa da Universidade Stanford, na Califórnia.

Apesar da aparente boa vontade dos governos e da população mundial para chegar a um acordo climático, os cálculos de Bueno de Mesquita são categóricos. Não haverá acordo em Copenhague em 2009, nem na cúpula da Jamaica em 2010, nem na reunião seguinte em 2012 (talvez no Rio de Janeiro). E no longo prazo? “Perca as esperanças”, me diz, por telefone. “Não haverá acordo pelo menos até 2130, o limite das previsões do meu programa de computador.”

Bueno de Mesquita não é astrólogo, muito menos vidente. Ele não lê o tarô, não tem bola de cristal, não lê as linhas da mão nem vasculha o futuro nas folhas de uma xícara de chá. Sobretudo, não é um charlatão. O segredo do sucesso das previsões desse filho de judeus-holandeses que emigraram para a América antes da Segunda Guerra Mundial (seu sobrenome português remonta aos judeus de Portugal, expulsos pela Inquisição no século XVII) é o poderoso programa de computador que ele criou em 1979. O programa é baseado na Teoria dos Jogos – o ramo da matemática que procura prever de que forma as escolhas das pessoas, empresas e dos governos podem afetar o futuro (leia o quadro). Bueno de Mesquita aplica um questionário aos diversos “jogadores” envolvidos no problema que quer resolver e submete as respostas ao computador.

No caso da questão climática, um acordo para garantir reduções na emissão dos gases do efeito estufa depende da harmonização dos interesses de uma dúzia de jogadores mundiais. Segundo Bueno de Mesquita, quem é realmente favorável ao acordo são as organizações não governamentais e a florescente indústria de produtos ambientalmente corretos. Por outro lado, a indústria petrolífera e as empresas poluidoras e ineficientes são contrárias a qualquer acordo, bem como uma pequena parcela da opinião pública.

"As previsões dele são iguais às de nossos analistas, só que mais precisas"
RELATÓRIO DA CIA, de 1993

Entre esses dois polos está a maioria da população mundial. Em tese ela defenderia um acordo, contanto que não lhe imponha sacrifícios. “O ser humano só pensa no curto prazo”, diz. “Somos incapazes de fazer concessões que reduzam nosso conforto em nome do benefício das gerações futuras”, escreveu no livro The predictioneer’s game (O jogo do vidente), lançado há um mês nos Estados Unidos, a ser publicado no Brasil em julho de 2010 pela Ediouro.

Nas democracias, a satisfação dos interesses imediatos da população é a precondição para a reeleição dos governantes, “e o objetivo número um de todo político é a sobrevivência política”. Daí, a pouca disposição dos eleitores dos países ricos em alterar seu estilo de vida gastador de energia (e poluidor) se reflete diretamente na posição de seus representantes em Copenhague. Os acenos, os sorrisos e as palavras de esperança dos líderes dos Estados Unidos, da União Europeia, do Japão, do Canadá e da Austrália escondem a impossibilidade de assumir compromissos duros na redução de poluentes. “Um acordo restritivo impõe custos econômicos pouco toleráveis num mercado em expansão e intoleráveis com as economias em crise.”

Por fim, há Brasil, Rússia, China e Índia. “As grandes economias emergentes estão entre os maiores emissores de gases do efeito estufa. Elas defendem seu direito ao desenvolvimento econômico e não vão apoiar cortes sérios nas emissões.”

Quando todas as condições são levadas ao programa de Bueno de Mesquita, o resultado é um impasse. A ausência de acordo não implica o aumento desenfreado nas emissões de gases. Ao longo das décadas, as posições de cada jogador mudam. Cada um faz concessões aqui para obter vantagens acolá. No longo prazo, a importância de um acordo para a redução das emissões vai diminuindo, até tornar-se irrelevante. Como isso se explica?

“Sou otimista com relação a isso”, diz Bueno de Mesquita. A crescente irrelevância de um acordo decorre do desenvolvimento de novas tecnologias limpas. “Ao longo do século XXI, haverá um aumento progressivo na participação das fontes renováveis não poluentes na matriz energética, como as energias solar, eólica e hidrelétrica. Novas tecnologias surgirão. Todas elas vão substituir os combustíveis fósseis, não renováveis e poluentes.”

Como ele sabe disso? “É porque, em 1979, aprendi a prever o futuro”, diz, sem falsa modéstia. Há 30 anos, ele era um jovem cientista político interessado em programas de computador e nas aplicações da Teoria dos Jogos. Foi quando criou seu primeiro programa para fazer previsões – e começou a acertar na mosca. “As previsões dele são iguais às de nossos analistas, apenas mais precisas”, diz um relatório de 1993 da CIA, a agência de informações do governo americano.

Bueno de Mesquita é o melhor do mundo no que faz. Em 30 anos de carreira e centenas de previsões, seu índice de acerto jamais ficou abaixo dos 90%. Na comunidade de informações, ele é visto como um oráculo. Seus principais clientes são o governo americano, as grandes corporações e a CIA.

Em 2008, Bueno de Mesquita tentou prever se o Irã se tornará uma potência nuclear. Com a ajuda de seus alunos da Universidade Nova York, coletou informações sobre mais de 90 atores do conflito no Oriente Médio e as incluiu no programa. O resultado saiu em minutos. Em 2010, o Irã estará a ponto de construir sua primeira bomba. Mas não vai fazê-lo. Apesar do endurecimento do regime fundamentalista islâmico, que reprimiu a oposição após a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, o programa diz que os iranianos moderados prevalecerão – ainda que esse movimento seja hoje imperceptível.

Bueno de Mesquita nunca veio ao Brasil. Mas já estudou o país. “No início dos anos 1980, o Brasil ainda estava no regime militar. “Pediram-me para saber se os militares entregariam o poder aos civis. O programa previu que sim, os militares sairiam de cena, e a nascente democracia brasileira seria sólida e duradoura. Felizmente, eu estava certo.”


Pergunto a ele se algum de seus clientes já lhe encomendou uma previsão sobre as eleições presidenciais de 2010. “Ainda não pediram essa previsão. Mas, por conta própria, já comecei a estudar o caso.” Bueno de Mesquita conhece as qualidades do presidente Lula, que considera um político extremamente hábil. E quanto a José Serra, o governador de São Paulo, líder nas pesquisas? “Dele não posso falar nada. Ainda não fiz nenhuma previsão. Mas da Dilma, sim.” A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, “não tem nem de perto a habilidade política do presidente”, afirma. “É estranho. Dilma escolhe repetidamente as opções políticas que pior impacto podem ter sobre sua campanha.” O que quer dizer isso? Como são as previsões do programa sobre sua campanha presidencial? “As perspectivas não são nada boas.”

Matéria completa aqui:

sábado, dezembro 05, 2009

Cecília Meirelles

Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
De mim, atravessada pelo mundo.

Toda a minha experiência, o meu estudo,
Sou eu mesma que, em solidão paciente,
Recolho do que em mim observo e escuto
Muda lição, que ninguém mais entende.

O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
Caminhos invisíveis por onde ando.

Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.
...

quinta-feira, dezembro 03, 2009

O HOMEM MODERNO DO SÉCULO XXI

A propósito de "Josés Arruda" & "Lulas da Silva"...

Com o passar dos séculos o ser o homo economicus incorporou, como o capitalismo, novos valores que se ajustam aos tempos atuais.

Abaixo, um pai economicus explica ao filho os novos valores dominantes para o homem atual.

Por el insuperable Quino

homem moderno 1 homem moderno 2

contato humano culturao próximo ideais, moral, honestidade Deus aprender

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