Chávez ficou falando sozinho -- de novo!
Lucia Hippolito
Com a resolução da OEA sendo aprovada praticamente por unanimidade -- parece que só a Nicarágua votou contra --, baixou consideravelmente a fervura na América do Sul.
Agora, uma comissão da OEA vai investigar os acontecimentos da semana passada para apresentar um relatório à próxima reunião dos ministros das Relações Exteriores dos países-membros, em 17 de março.
A Colômbia aceitou a "reprimenda" a respeito da invasão do território do Equador, mas não foi formalmente condenada. Pediu desculpas novamente.
O Equador se satisfez com a resolução da OEA: marcou posição, seu presidente distribuiu três ou quatro ofensas ao presidente colombiano, e ficou tudo por isso mesmo.
Em seu périplo para obter apoio, o presidente do Equador foi ao Peru e veio ao Brasil. Tanto o presidente Alan García quanto o presidente Lula aconselharam-no a restringir o problema a um aumento de tensão entre dois países apenas: Equador e Colômbia.
Por sua vez, a Colômbia contribuiu para não acirrar mais os ânimos. Não deslocou tropas para a fronteira, não fez desaforos diplomáticos, circunscrevendo seu problema a um eventual conflito com o Equador.
Os presidentes sul-americanos, inclusive o do Brasil, decidiram concentrar-se em pacificar as relações entre Equador e Colômbia, isolando o presidente Hugo Chávez, da Venezuela.
Chávez, mais uma vez, fez um papelão. Sem que ninguém o tivesse chamado, intrometeu-se no problema, tomou as dores do Equador, expulsou o embaixador colombiano, deslocou as Forças Armadas para a fronteira, decretou prontidão e partiu para ofensas pesadas em relação ao presidente colombiano.
Ficou falando sozinho. Não foi o primeiro mico, nem será o último.
Saudades do rei da Espanha!
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário