Mergulhado em uma crise interminável sobre mau uso de dinheiro público, o Congresso Nacional vive dias tenebrosos. E para tentar acalmar os ânimos do pessoal por lá, nada melhor que uma cozinha limpinha e cheia de produtos novos. Para isso, o Senado empenhou (reservou em orçamento) R$ 139,5 mil para pagar o fornecimento de material de copa e cozinha ao órgão. A Copalimpa Produtos de Limpeza e Utilidades, empresa ganhadora da licitação realizada pela Casa, é a responsável pela entrega do material, que será feita até o dia 13 de julho.
O Senado também reservou R$ 7,1 mil para custear a contratação de empresa para fornecimento e instalação de mobiliários residenciais e de escritório. Além disso, R$ 2,8 mil foram comprometidos ao pagamento de almoços servidos aos integrantes da comissão de juristas da Casa. A comissão, composta por nove membros, foi criada em julho do ano passado pelo então presidente do Senado, Garibaldi Alves, com o objetivo de modernizar e atualizar o Código de Processo Penal. Resta desejar bons trabalhos e ótimas refeições ao pessoal!
Já os membros da Câmara dos Deputados parecem estar dormindo mal. Isso porque o órgão empenhou R$ 1,9 mil para a compra de um conjunto de cama box para casal, composto por colchão de mola. Vamos ver se assim o sono melhora nos próximos dias... A Casa ainda reservou R$ 1,3 mil para a compra de uma balança eletrônica, com capacidade para mais de 100 quilos, a pedido da coordenação de comunicações.
O Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, parece atento às suas dimensões no ambiente de trabalho. O órgão comprometeu R$ 41 mil para a compra de 69 estações de trabalho, 14 mesas de conexão e 87 gaveteiros. É a justiça ficando mais ajustada... O tribunal também empenhou R$ 2,5 mil para a compra de um sofá de recepção de dois lugares e R$ 20,8 mil para custear serviços de organização de eventos e serviços relacionados ao “lançamento do programa qualidade de vida do STF”. Bom proveito aos participantes!
A Presidência da República (PR), que devido à reforma no Palácio da Alvorada está instalada provisoriamente no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, também demonstrou preocupação com seu material de escritório. A PR reservou R$ 1,3 mil para a compra de seis mil canetas esferográficas, escrita grossa, de cor azul – cada uma a 0,21 centavos – e R$ 5 mil para a compra de 2,5 mil caixas de arquivo morto, 200 caixas de grampos e 48 molha-dedos. Ainda na lista estão pastas, barbantes, colas, livros de protocolo, pincéis, réguas, cadernos, cartolinas, grafites, lápis, etc. Tudo por R$ 18,1 mil.
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