Passava da meia-noite quando Nosso Senhor acordou novamente os três apóstolos. Judas e os soldados se aproximavam para prender Jesus. "A hora da escuridão". Por volta de 2 horas da madrugada foi levado à casa de Anás (sogro de Caifás), para uma investigação preliminar. Logo após foi levado ao sumo-sacerdote Caifás que, junto a membros do Conselho (Sanhedrin), fizeram interrogações antes do julgamento que estaria por vir. Por volta de 5 da manhã todo o Conselho se encontrara em seção extraordinária. Lá havia muitas testemunhas falsas e contraditórias. O sumo-sacerdote então perguntou a Jesus se ele era o Messias, o Filho de Deus. Quando Nosso Senhor respondeu afirmativamente e previu que todos o viriam voltar no julgamento, todos gritaram que isto era uma blasfêmia e que por isso merecia a morte. Findou então o julgamento religioso. Durante e entre estas audiências, Nosso Senhor foi insultado pelos guardas, Pedro o negou e se arrependeu, e Judas, após ouvir a sentença de morte, suicidou-se.
Por volta das sete da manhã, Pôncio Pilatos, o governador, ouviu as acusações de excitação política por parte do prisioneiro. Não vendo culpa nele, o enviou a Herodes, rei da Galiléia, que o enviou de volta vestido em um manto de escárnio. Pilatos, tentando libertar Jesus, foi forçado a libertar Barrabás. Ainda tentando soltar Jesus, enviou-o para ser açoitado, e depois o apresentou ao povo. Eles ainda queriam condenar Jesus, pedindo a crucifixão. Pilatos então lavou as mãos, e o entregou para que fosse crucificado. Carregando a sua própria cruz, ele cruzou 1/4 de milha até o Gólgota, e lá, entre dois ladrões, Nosso Senhor foi crucificado. Por volta das três da tarde, ele morreu. O corpo foi retirado e colocado em um sepulcro cavado na rocha, pertencente a José de Arimatéia.
A Crucifixão
Nos tempos antigos os criminosos eram executados por crucifixão. Era uma técnica oriental de execução que fora adotada pelos romanos.
A idéia era fazer o condenado morrer em público da forma mais terrível possível. Por isso deveria ser um espetáculo público. O condenado era primeiramente açoitado, para aparentar uma figura de sofrimento. Atravessava a cidade com o motivo de sua condenação escrita para que todos pudessem ver. O local de sua execução também deveria ser público - por exemplo, próximo aos portões da cidade ou ao monte, como uma lição para todos.
Quando fixado à cruz por pregos ou cordas, o homem seria elevado. Os pés deveriam ficar ao nível das cabeças dos pedestres. Ele, então, nesta condição, deveria aguardar a morte, olhando as pessoas passando, ouvindo seus escárnios e insultos. Poderiam viver por dias, até que a fraqueza, sufocação pela fumaça de fogo ou agressões os abatesse. Em tempos antigos, os corpos eram deixados na cruz, para servirem de comida aos pássaros. Mas depois era concedida uma permissão especial para enterrar os corpos. Foi desta forma que Jesus foi preso, condenado e executado - por nossos pecados.
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Um comentário:
Estive por aqui lendo o martírio de Cristo. Feliz Páscoa, Ana. Beijos, Fabrizio.
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