Começou a trabalhar em televisão na TV Rio, participando de programas humorísticos ao lado de Manoel da Nóbrega e Zé Bonitinho, e na TV Continental, onde assinou seu primeiro contrato como atriz. Estreou no teatro profissional aos 19 anos, na peça Um estranho bate à porta, pela qual recebeu prêmio como atriz revelação. Ainda em 1958, participou do filme Um morto ao telefone, de Watson Macedo, recebendo novo prêmio, dessa vez como atriz coadjuvante.
Mudou-se para São Paulo, em seguida, onde integrou o grupo Teatro de Arena. Passou seis anos viajando pelo Brasil, encenando peças para camponeses em praças, coretos, conchas acústicas e adros de igreja. Com o golpe militar de 1964 e o fim do Teatro de Arena, a atriz voltou a São Paulo, passando a participar de filmes e de programas na TV Tupi.
Fez sua estréia na TV Globo em 1968, quando atuou nas novelas Demian, o homem proibido e A última valsa (1969), ambas dirigidas por Daniel Filho e escritas por Glória Magadan. Porém desentendeu-se com a autora e, em seguida, deixou a emissora. Em 1970, recebeu o prêmio Air France por sua atuação nos filmes As gatinhas, de Astolfo Araújo, e Gamal, o delírio do sexo, de João Batista de Andrade.
Entre 1970 e 1978, trabalhou no jornal Última hora, de Samuel Wainer, como crítica de cinema e repórter de variedades. Ao mesmo tempo, participou de novelas na TV Tupi, como As bruxas (1970) e A viagem (1975), de Ivani Ribeiro, e Ídolo de pano (1974), de Teixeira Filho.
Em 1977, Joana Fomm retornou à TV Globo, convidada por Daniel Filho, para participar da novela Sem lenço, sem documento, de Mário Prata. Na trama, dirigida por Régis Cardoso e Dennis Carvalho, a atriz contracenou com Ney Latorraca, Arlete Salles, entre outros.
No ano seguinte, participou de Dancin’ days, interpretando a maquiavélica Yolanda Pratini. Norma Bengell fora escalada para viver a personagem e chegou a gravar algumas cenas, mas abandonou a novela, após desentender-se com o diretor Daniel Filho. Joana Fomm, então, que inicialmente interpretava Neide, a empregada de Celina (Beatriz Segall), assumiu o papel de Yolanda Pratini. Por conta disso, diversas cenas foram regravadas às vésperas da estréia. Dancin’ days marcou a carreira de Joana Fomm na Globo, iniciando uma coleção de personagens más que a atriz viria a interpretar.
Ainda na década de 1970, Joana Fomm trabalhou em Os gigantes, de Lauro César Muniz. No papel de Vânia, uma pacata dona-de-casa, a atriz contracenou com Tarcísio Meira, Francisco Cuoco e Dina Sfat, entre outros.
No início da década de 1980, participou de diversas novelas da emissora, uma seguida da outra: Coração alado (1980), de Janete Clair; Brilhante (1981), de Gilberto Braga, quando interpretou uma psicanalista alcoólatra; Elas por elas (1982), de Cassiano Gabus Mendes, interpretando a rica Natália; e Eu prometo (1983), de Janete Clair, em que interpretou Helô, fazendo par romântico com o personagem de Walmor Chagas.
Joana Fomm participou também de alguns Casos especiais, como A morte no paraíso, adaptado por Doc Comparato e Joaquim de Assis, quando atuou ao lado de Rubens Corrêa e Renata Sorrah, e Alice-Alice, de Joaquim de Assis, contracenando com Eva Wilma, Lucélia Santos e Fúlvio Stefanini. Ambos foram apresentados em 1983, no Quarta nobre. Ainda naquele ano, Joana Fomm escreveu, ao lado de Sônia de Paula e Jayme Leibovitch, Uma história de amor, episódio apresentado em Caso verdade.
Em 1984, a atriz viveu outra personagem marcante em sua carreira: a vilã Lúcia Gouveia, de Corpo a corpo, novela de Gilberto Braga. Em seguida, em 1986, trabalhou em duas novelas: Cambalacho, de Silvio de Abreu, numa participação especial, e Roda de fogo, de Lauro César Muniz, quando viveu a personagem Telma, casada com o personagem de Hugo Carvana.
Em 1987, atuou em Bambolê, escrita por Daniel Más, quando viveu Fausta. Naquele ano, participou também da minissérie O pagador de promessas, de Dias Gomes, no papel de Marli. Em seguida, em 1989, brilhou como a interesseira e moralista Perpétua, na novela Tieta, adaptação da obra de Jorge Amado escrita por Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. Por seu trabalho, recebeu o Prêmio Golden Metais como melhor atriz de televisão.
Em 1991, Joana Fomm interpretou a divertida Carmem Maura, na novela Vamp, de Antônio Calmon. Sua personagem, mãe de cinco filhos, fazia par romântico com o Capitão, personagem de Reginaldo Faria. Em seguida, a atriz viveu mais uma vilã: a chantagista Salustiana, de Fera ferida (1993), novela escrita por Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.
Em 1994, Joana Fomm tornou a sair da TV Globo, e foi contratada pelo SBT, onde participou de novelas como As pupilas do senhor reitor e Razão de viver. Logo depois, já na TV Bandeirantes, trabalhou na telenovela Serras azuis.
Voltou à TV Globo em 2000, convidada para participar da novela Esplendor, de Ana Maria Moretszohn. Na trama, a atriz viveu Olga Norman, outra vilã. No ano seguinte, trabalhou em Porto dos Milagres, escrita por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, no papel de Rita, mulher do pescador Francisco, interpretado por Tonico Ferreira.
Ainda em 2001, a atriz participou da novela O clone, de Glória Perez, como a médica Cecília. Dois anos depois, participou de duas novelas: Agora é que são elas, de Ricardo Linhares, no papel de Dinorá, e Kubanacan, de Carlos Lombardi, quando interpretou Caridad. Joana Fomm participou ainda da novela Bang bang (2006), de Mário Prata, no papel da matriarca Miriam Viridiana MacGold, contracenando com Marisa Orth, Ney Latorraca e Mauro Mendonça, entre outros.
Mesmo trabalhando intensamente em televisão, a atriz nunca deixou de fazer cinema, nem teatro. No cinema, destacam-se suas atuações em: Todas as mulheres do mundo (1967) e Edu, coração de ouro (1968), ambos de Domingos Oliveira; O homem nu (1968), de Roberto Santos; Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; Fora das grades (1971), de Astolfo Araújo; O cavalinho azul (1984), de Eduardo Escorel; Césio 137, Pesadelo de Goiânia (1990), de Roberto Pires; Vai trabalhar, vagabundo II (1991), de Hugo Carvana; Quem matou Pixote (1996), de José Joffily; Copacabana (2001), de Carla Camurati; e Quanto vale, ou é por quilo? (2005), de Sérgio Bianchi. Joanna Fomm também escreveu um livro de contos, chamado A hora do café, lançado em 1979.
Fonte: porondeanda
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