"Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto."

sábado, janeiro 15, 2011

Prefeitura quer vender quarteirão no Itaim e moradores reagem

Especulação Imobiliária

Itaim Bibi

Dayanne Sousa e Marcela Rocha

A prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, apresentou a proposta de vender uma área pública no Itaim Bibi em troca da construção de duzentas creches na periferia da cidade. Entidades ligadas à preservação patrimonial fizeram um abaixo assinado que pretendem entregar ao prefeito Gilberto Kassab.

O documento manifesta o repúdio das associações contra o projeto que tiraria do quarteirão na zona oeste da cidade uma série de entidades e serviços públicos, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), escola e posto de saúde.

Entre os organizadores da iniciativa estão a Associação Preserva São Paulo, Memórias do Itaim (AGMIB), Sociedade Amigos do Itaim Bibi (SAIBIBI) e Defenda São Paulo. Segundo as entidades, o quarteirão tem uma área de 20 mil metros quadrados. "É um terreno municipal que concentra praticamente todos os serviços públicos da região", diz o manifesto.

Ainda segundo a nota do coletivo, o valor de mercado estimado do quarteirão é de R$ 20 e R$ 30 milhões e representa menos de 0,1% do orçamento da Prefeitura para 2011, de R$ 35 bi.

A região - que fica entre as ruas Cojuba, Lopes Neto, Salvador Cardoso e Avenida Horácio Lafer - abriga, além da APAE, uma biblioteca pública, uma escola infantil, uma creche, uma unidade de saúde e um teatro.

Lucila Lacreta é diretora executiva do Movimento Defenda São Paulo, uma das entidades que elaborou o abaixo-assinado. Para ela, "não tem o menor cabimento, seja qual for pretexto. Os terrenos são de uso institucional".

- Lá tem uma série de usos que são absolutamente necessários pela população local. Há creches, casas psiquiátricas... além do mais, os terrenos públicos têm que ser reserva de terra para as gerações futuras.

A diretora acusa a venda de servir a interesses da especulação imobiliária: "o terreno é muito interessante para a especulação e mercado imobiliário". Segundo Lacreta, "quem construir mais creches leva o terreno. O terreno seria vendido pela quantidade de creches que os interessados conseguissem fazer na periferia".

A assessoria de imprensa da Secretaria informou a Terra Magazine que o projeto ainda deverá ser aprovado pela Câmara Municipal. Depois, seria aberta uma licitação para buscar investidores que aceitem construir as creches pela cidade. O vencedor teria liberdade para construir no espaço dos terrenos que forem desapropriados no quarteirão do Itaim.

A APAE, diz a Secretaria, seria realocada e ganharia duas novas sedes na cidade. A prefeitura afirma que a entidade atende sobretudo pessoas de outras regiões mais periféricas da capital. "(O valor de venda) será claramente insuficiente para compensar o valor de todos os prédios e equipamentos públicos existentes no terreno, os custos de realocação desses serviços para outros locais, os transtornos aos usuários desses serviços, à vizinhança e à comunidade em geral, os danos ambientais e, inclusive, o valor afetivo - este, inestimável - para os moradores do Itaim Bibi", diz o documento elaborado pelas entidades na última terça (14).

bola preta

Fonte: Terra


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