"Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto."

segunda-feira, agosto 31, 2009

Sarney & Castelo em Portugal

O JP (Jornal Pequeno), de Portugal, denunciou que José Sarney possuiu um castelo, em Sintra, que sempre omitiu nas suas declarações à Receita Federal e à Justiça Eleitoral, no tempo em que era presidente do país. Sarney enviou uma carta debochada ao jornal e recebeu uma resposta merecida - CONFIRA...


Ele também já está salvo, leve e saltitante em sua soberba, mas o fato vale registro.

Jornal Nacional completa 40 anos

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Na próxima terça-feira o Jornal Nacional comemora 40 anos no ar e não é preciso esperar a segunda chegar para conferir o novo visual preparado especialmente para celebrar a data. As principais mudanças já foram implantadas há algum tempo.

Noticiar sem opinar ou sem dar vida aos âncoras, essas sempre foram as marcas registradas do Jornal Nacional. Não importava quem estava à frente da bancada, o foco, sempre, foi o noticiário. Jamais fazer o telespectador pensar através do apresentador, e, sim, tirar suas próprias conclusões assistindo informativo que sempre foi sisudo.

Mas pra que mudar, quando, desde o início, o jornalístico é o mais assistido da TV nacional? Pra que mexer em algo que sempre deu certo e que figura, há quatro décadas, entre as principais audiências da Globo?

Bem, os tempos são outros e os índices do Jornal Nacional refletem isso. E isso é bom, porque, infelizmente, um produto líder no mercado só muda quando se vê acuado com o crescimento dos concorrentes.

Além do mais, o jornalismo televisivo, há tempos, não é o mesmo. Hoje não existe mais a caretice de um jornalista não poder sorrir, se emocionar, viver a notícia, e, claro, poder comentar o que acabou de ver, ou seja, participar da informação e "mastigar" para o telespectador, que, muitas vezes, não compreende o jargão jornalístico. jornal-nacional-bonner-fatima

Foi assim que o Jornal Nacional aceitou que os tempos são outros e mergulhou de cabeça nas novas tendências. Agora, William Bonner e Fátima Bernardes, o casal 20 do telejornalismo brasileiro, interagem entre si e também com os repórteres do jornalístico, esmiuçando a informação e esclarecendo dúvidas, e, especialmente, dando a oportunidade de o repórter acrescentar o que, por questão de tempo, não pôde ser dito em sua matéria, mas que tinha importância.

Sorrir, lamentar uma informação triste, se revoltar com os nossos políticos ou com a violência, e, como todo ser humano, errar. Nesses novos tempos, o principal telejornal de nossa TV se permite errar, permite que sua equipe mostre que não é assim tão perfeita como quis demonstrar esse tempo todo, mas que, ainda assim, prova sobrar competência.

Não fosse assim, não teria sobrevivido por 40 longos anos. Por isso, parabéns ao Jornal Nacional e que as mudanças não parem por aí!

Fonte: cenaaberta.tv

Lula, campeão mundial

domingo, agosto 30, 2009

Ontem o adeus

Memória

O homem que salvou a si mesmo

Sem a glória trágica dos irmãos e eternamente perseguido pelo acidente que matou uma secretária, Ted Kennedy conseguiu se redimir

Vilma Gryzinski

Nascer homem no clã Kennedy significava vencer logo e morrer cedo. O fato de ter deixado o mundo dos vivos somente aos 77 anos, na casa em frente ao mar que adorava, depois do câncer lutar contra ele até ganhar a derradeira batalha, reflete tanto o fracasso quanto a glória do senador Ted Kennedy. Fracasso porque não chegou ao ápice, como John, nem perto dele, como Bob. Ao contrário dos irmãos, não tombou sob balas assassinas nem ascendeu ao plano dos heróis míticos. Em compensação, contra todos os prognósticos, conseguiu salvar a si mesmo, e aí estava seu grande feito. Cultivou uma carreira ímpar no Senado, derrotou a bebida, escapou da irrelevância e, por alguns momentos sublimes, entre o anúncio do câncer no cérebro, em maio do ano passado, e a eleição de Barack Obama, conseguiu que seu nome fosse pronunciado sem a associação ao episódio fatídico no qual perdeu a honra e a chance de vir a ser presidente. O nome estranho, Chappaquiddick, um lugar onde os ricos e chiques passam férias – perto de onde a família Obama estava quando chegou a notícia da morte do senador –, nunca mais desgrudou de Ted Kennedy. Era a noite de 18 de julho de 1969, a Apollo 11 estava a caminho do histórico passeio lunar. Belo como um Kennedy, bêbado como um irlandês e, tal como os irmãos, com moral sexual de imperador romano, o senador saiu de uma festinha com uma secretária loira, manobrou mal numa ponte tosca e afundou com o carro. Ela morreu afogada, ele chamou os advogados primeiro e a polícia nove horas depois.

Senador vitalício por obra dos eleitores de Massachusetts, tanto por suas ideias – melhorar os serviços públicos, aumentar o Estado, taxar os ricos e cultivar a aura de príncipe do povo – quanto pelo histórico épico, Ted Kennedy continuou carregando a imensa bagagem familiar. Estava numa boate com um sobrinho e foi com ele para a casa em Palm Beach onde uma jovem acompanhante acusou o rapaz de estupro. A filha dele teve câncer de pulmão. A primeira mulher, alcoolismo. Dizem que o próprio Ted foi visto fazendo sexo num restaurante de Washington. O segundo casamento, com Victoria Reggie, o ajudou a se aprumar e rumar para um lugar honroso na história. Obamista precursor, foi aclamado na convenção do Partido Democrata que consagrou a candidatura vencedora. Recém-operado do tumor no cérebro e submetido aos brutais tratamentos de praxe, conclamou os correligionários a "mudar a América, restaurar seu futuro, ombrear com nossos melhores ideais e eleger Barack Obama presidente dos Estados Unidos". Retórico demais, mas bonito como discurso de senador. Dos de verdade.


A matéria da Revista Veja escreve sob a foto de Ted Kennedy

"O GRANDE IRMÃO Kennedy: um senador de verdade"

Essa frase me fez lembrar o que Lucia Hippolito publicou em seu blog no dia do falecimento de Ted Kennedy em 26.08.09, que reproduzo abaixo.

"Edward Moore Kennedy

O maior senador do século XX

Pensei em escrever alguma coisa para homenagear o senador Ted Kennedy.

Mas sua biografia e sua atuação política são autoexplicativas.

Num mundo dominado por Sarney, Renan, Wellington Salgado e Almeida Lima, Ted Kennedy não teria mais lugar."

*

O espetáculo de Lorenzo

Sobre nossa vida

A coisa mais injusta sobre a vida, é a maneira como ela termina.
* Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás para a frente.
* Nós deveríamos morrer primeiro, se livrar logo disso.
Daí, viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.
* Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
* Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.
* Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade.
* Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade,
e se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando...
* E termina tudo com um ótimo orgasmo !
Não seria perfeito?

Charles Chaplin recebendo seu premio,
não como Carlitos ,o personagem, mas como ele mesmo " O homem o poeta "
Autor : Charles Chaplin

sexta-feira, agosto 28, 2009

Leonid Afremov (V)


L.A. (I)

Palocci passa raspando

Cuidemo-nos, tem mais um PeTralha pronto para dar o bote

Fonte: Lucia Hippolito

Contrariando tudo o que se dizia em Brasília, Antonio Palocci passou raspando no Supremo Tribunal Federal.

Por um apertado placar de 5 a 4, o STF decidiu não abrir um processo penal contra o deputado, por violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Os quatro ministros que julgaram que havia, sim, indícios suficientes pelo menos para a abertura de uma ação penal foram Marco Aurélio Mello, Carmen Lúcia, Ayres Britto e o decano Celso Mello.

Nos últimos dias, dizia-se -- e publicava-se -- que a expectativa era de absolvição por unanimidade. Suas excelências estariam apenas tentando encontrar uma saída em juridiquês para livrar o ex-ministro.

Segundo o voto do ministro Gilmar Mendes, não se discute que o sigilo bancário do caseiro foi violado, não se discute que os dados bancários foram parar na revista Época por obra humana.

Ainda bem. De repente, a gente poderia ser levada a acreditar que o ET de Varginha tinha obtido os dados da conta de Francenildo e entregado à revista Época.

Mas segundo o longuíssimo -- e por vezes, maçante -- voto do presidente do STF, não há indícios suficientes que justifiquem a abertura de ação penal contra o deputado.

O STF, a mais alta corte constitucional do país, em plena posse de suas prerrogativas, criou a figura do crime sem criminoso.

Em suma, sobrou para o caseiro.

E para o ex-presidente da Caixa, Jorge Mattoso que, como membro da elite (como classifica o governo Lula a todo mundo que não adere), com toda a certeza vai ser absolvido daqui a 120 anos, quando todos os recursos forem julgados pela Justiça brasileira, mais rápida e ágil de que a de Timbuctu, com todo o respeito ao povo de Timbuctu.

Mesmo tendo se beneficiado do arquivamento do processo, Antonio Palocci ainda está às voltas com o fato de que faltou com a verdade em mais de uma vez, quando compareceu a comissões no Congresso Nacional.

Palocci afirmou reiteradamente que jamais havia frequentado aquela mansão em Brasília, onde imperavam lobistas e garotas de programa.

Jamais tinha presenciado tenebrosas transações e jamais tinha desfrutado de prazeres mundanos.

Foi desmentido mais de uma vez pelo caseiro da mansão, um desses seres "invisíveis", parentes da moça da limpeza, da mulher que serve café ou do rapaz que tira xerox.

Pois o caseiro Francenildo enfrentou o poderoso ministro e afirmou que o vira mais de uma vez na casa dos prazeres.

Isto não foi até hoje contestado.

Como candidato à presidência da República, oops, ao governo de São Paulo, Palocci deverá enfrentar alguns questionamentos.

Palocci livra-se do processo, mas não se livra das suspeitas.

Nada que um bom (e caro) marqueteiro não resolva, nesses tempos de moral elástica que estamos vivendo.

Palocci, como o queria Lula

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A disciplina do Amor


Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.

Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde.
Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta a casa.

A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais íntimos.
Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.

Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado.
Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo?
Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem amado.

Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte.
Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao seu posto de espera.

O jovem morreu num bombardeio mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança.
Quiseram prendê-lo, distraí-lo.
Tudo em vão.
Quando ia chegando aquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias. Todos os dias.

Com o passar dos anos ( a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou.
Casou-se a noiva com um primo.
Os familiares voltaram-se para outros familiares.
Os amigos, para outros amigos.

Só o cachorro já vellhíssimo ( era jovem quando o jovem partiu ) continuou a esperá-lo na sua esquina.
As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando? ...

Uma tarde ( era inverno) ele ficou lá... o focinho voltado para aquela direção.
Fonte: e-mail

*

(homenagem à minha pequena Bonnie, sempre a minha espera)

quinta-feira, agosto 27, 2009

E olha ela ai de novo!

Quem tem medo da doutora Dilma?

Folha de S. Paulo de 16/08/2009.

DANUZA LEÃO

VOU CONFESSAR: morro de medo de Dilma Rousseff. Não tenho muitos medos na vida, além dos clássicos: de barata, rato, cobra. Desses bichos tenho mais medo do que de um leão, um tDilma 2010 e Lulaigre ou um urso, mas de gente não costumo ter medo. Tomara que nunca me aconteça, mas se um dia for assaltada, acho que vai dar para levar um lero com os assaltantes (espero); não me apavora andar de noite sozinha na rua, não tenho medo algum das chamadas "autoridades", só um pouquinho da polícia, mas não muito.

Mas de Dilma não tenho medo; tenho pavor. Antes de ser candidata, nunca se viu a ministra dar um só sorriso, em nenhuma circunstância.
Depois que começou a correr o Brasil com o presidente, apesar do seu grave problema de saúde, Dilma não para de rir, como se a vida tivesse se tornado um paraíso. Mas essa simpatia tardia não convenceu. Ela é dura mesmo.
Dilma personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo, aquela diretora de escola que, quando se era chamada em seu gabinete, se ia quase fazendo pipi nas calças, de tanto medo. Não existe em Dilma um só traço de meiguice, doçura, ternura.

Ela tem filhos, deve ter gasto todo o seu estoque com eles, e não sobrou nem um pingo para o resto da humanidade. Não estou dizendo que ela seja uma pessoa má, pois não a conheço; mas quando ela levanta a sobrancelha, aponta o dedo e fala, com aquela voz de general da ditadura no quartel, é assustador. E acho muito corajosa a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que está enfrentando a ministra afirmando que as duas tiveram o famoso encontro. Uma diz que sim, a outra diz que não, e não vamos esperar que os atuais funcionários do Palácio do Planalto contrariem o que seus superiores disserem que eles devem dizer. Sempre poderá surgir do nada um motorista ou um caseiro, mas não queria estar na pele da suave Lina Vieira. A voz, o olhar e o dedo de Dilma, e a segurança com que ela vocifera suas verdades, são quase tão apavorantes quanto a voz e o olhar de Collor, quando ele é possuído.

Quando se está dizendo a verdade, ministra, não é preciso gritar; nem gritar nem apontar o dedo para ninguém. Isso só faz quem não está com a razão, é elementar.

Lembro de quando Regina Duarte foi para a televisão dizer que tinha medo de Lula; Regina foi criticada, sofreu com o PT encarnando em cima dela -e quando o PT resolve encarnar, sai de baixo. Não lembro exatamente de que Regina disse que tinha medo -nem se explicitou-, mas de uma maneira geral era medo de um possível governo Lula. Demorei um pouco para entender o quanto Regina tinha razão. Hoje estamos numa situação pior, e da qual vai ser difícil sair, pois o PT ocupou toda a máquina, como as tropas de um país que invade outro. Com Dilma seria igual ou pior, mas Deus é grande.

Minha única esperança, atualmente, é a entrada de Marina Silva na disputa eleitoral, para bagunçar a candidatura dos petistas. Eles não falaram em 20 anos? Então ainda faltam 13, ninguém merece.

Seja bem-vinda, Marina. Tem muito petista arrependido para votar em você e impedir que a mestra em doutorado, Dilma Rousseff, passe para o segundo turno.

terça-feira, agosto 25, 2009

Feche os olhos e ouça a chuva cair

O jeito PT de governar

De Eliane Cantanhêde:

Dilma Fraude Na Casa Civil, assessores faziam dossiês de cunho nitidamente político contra um ex-presidente da República.

No Banco do Brasil, o sindicalismo tomou de assalto a Previ, a Cassi, a Fundação BB e quase todas as diretorias (só escaparam a de agronegócio e a de relações internacionais, por falta de quadros com desenvoltura nessas áreas). Daí a surgirem aloprados comprando dossiês contra adversários em eleições e coisas do gênero foi um pulo.

Na Polícia Federal, por mais méritos que a maioria das operações tenha, virou cada um por si e ninguém por todos. Ao ponto de um delegado grampear os telefonemas do Planalto, rechear relatórios policiais de adjetivos "ideológicos" e no final cada um ter de ser despachado para bem longe.

Não há surpresa quando esse jeito petista de governar chega à Receita Federal. Aliás, já não era sem tempo. E foi assim que mais de dez funcionários colocaram seus cargos à disposição ontem, inclusive o subsecretário de Fiscalização, Henrique Jorge Freitas da Silva.

O último apague a luz. Até que o novo grupo, ligado ao PT do B, ou PT do C, venha acender as luzes, reativar a tática de ocupação e fazer tudo o que seu mestre mandar.

A debandada foi resultado direto da exoneração de Alberto Amadei Neto e de Iraneth Maria Dias Weiler, que foram assessor e chefe de gabinete de Lina Vieira, demitida em 9 de julho numa situação que ainda não ficou muito clara.

Por incompetência? Será? Ou pode muito bem ter sido por incompatibilidade de métodos -segundo Lina, a ministra Dilma queria "agilizar" as investigações contra o empresário Fernando Sarney. E "agilizar" combina mais com o vocabulário do PT no poder do que com o da técnica com 30 anos de carreira.

É assim, de órgão em órgão, de instituição em instituição, que vamos aprendendo como é uma "gestão republicana". Sem falar na Petrobras da companheirada.

Fonte: Ricardo Noblat

Rebelião na Receita Federal

Por não aceitarem que o órgão fiscalizador do Ministério da Fazenda tenha ingerência política, seis superintendentes regionais, cinco coordenadores e o subsecretário de Fiscalização, da equipe da ex-secretária Lina Vieira, demitiram-se dos cargos

Fotomontagem de Toinho de Passira sobre fotos de Antonio Cruz/ABr
Lina Vieira fica cada vez melhor no retrato, enquanto Dilma...

Leia matéria completa no “the passira news” clic aqui

segunda-feira, agosto 24, 2009

Analisando passado, presente e futuro

Obra quase perfeita

Fonte: Ricarodo Noblat

Em que data o PT morreu? Não falo deste PT que abana o rabo e faz todas as vontades do seu único dono. Falo daquele que um dia se imaginou o partido mais ético e movido à indignação jamais surgido na história do país.

Pois um sapo barbudo ingeriu, deglutiu e obrou o PT que se levava rigorosamente a sério. O sapo barbudo você sabe quem é.

Dá-se por certo que o PT abandonou seus valores e princípios originais depois de subir a rampa do Palácio do Planalto.

Que nada!

Para escalá-la, ele os abandonara um pouco antes. Mais exatamente na eleição de 1998, a terceira consecutiva perdida por Lula. Na campanha daquele ano, quase todos os escrúpulos foram mandados às favas.

Na seguinte, Lula avisou com antecedência: ou o PT adotava sem vacilação os métodos utilizados pelos outros partidos para ganhar eleições – e uma vez que as ganhasse governar – ou ele não seria mais candidato.

Ali nasceu a desculpa que serviria para justificar mais adiante qualquer malfeitoria do PT: “Mas se os outros fazem...”

O apoio do PL a Lula em 2002, por exemplo, custou a bagatela de pouco mais de R$ 6 milhões. Refestelados no terraço de um apartamento de Brasília, Lula e seu futuro vice José Alencar acompanharam o arremate do negócio discutido dentro de um quarto por José Dirceu, Delúbio Soares e o presidente do PL.

Não era assim que se fazia?

Mais tarde, o escândalo do pagamento de propinas para que deputados federais trocassem de partido e votassem como mandava o governo apenas escancarou o que se praticava até então às escondidas.

Certa vez, um dos cérebros do mensalão, o publicitário mineiro Marcos Valério, primeiro ameaçou contar tudo, depois pediu ajuda. Estava com os bens bloqueados. Respondia a processos. Precisava de uma grana.

Um senador se ofereceu para fazer a ponte entre Valério e Lula. “Você procurou Okamotto?’ – perguntou Lula ao senador depois de olhar em silêncio a paisagem árida do cerrado recortada nas janelas do seu gabinete no Palácio do Planalto.

Okamotto é o atual presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Fundador do PT, amigo de Lula, cuidava da contabilidade da família Silva e pagou do próprio bolso ao partido uma dívida de Lula não reconhecida por ele.

Okamotto é madeira que cupim não rói. Se ele socorreu Valério? Não sei.

Sei que a um ano e quatro meses do fim do seu governo, Lula pode bater no peito com orgulho e proclamar sem medo do ridículo: “Eu sou um sucesso”. Estão aí as pesquisas que não o deixam mentir.

Lula sairá do palácio para entrar na História como um dos três presidentes mais queridos pelos brasileiros, ao lado de Getúlio e Juscelino.

Mas que preço foi pago por isso? E quem o pagou?

O PT certamente, que se transformou em uma caricatura mal desenhada do que já foi um dia. Suas estrelas mais reluzentes perderam o brilho – José Dirceu, Antonio Palocci, José Genoino, Luiz Gushiken. Outras sumiram pelo ralo. Afinal, quem dentro do PT ousa contrariar Lula?

Aquele que tentou mais recentemente foi humilhado e forçado a revogar o irrrevogável.

Entre preservar a própria biografia e se arriscar a ver o partido lhe negar a chance de disputar a reeleição, Aloizio “Mercadejante” preferiu a derrota antecipada. Virou a mais nova Geni da praça. Todo mundo lhe joga pedras. Deve fazer algum sentido para ele.

As instituições também pagaram um preço alto pelo sucesso de Lula.

Promovido à condição de semideus, ele contribuiu para aumentar o descrédito dos partidos e desmoralizar o Congresso.

A crise do Senado foi do Senado, depois foi do Sarney e por fim é de Lula. Em larga medida, a política deixou de estar a serviço do bem público. Foi privatizada.

Para completar sua obra, Lula só precisa eleger Dilma.Se conseguir, deixará aberto o caminho para voltar ao poder.

Não acredite se ele disser:“Presidente, nunca mais”.

Dilma será um intervalo entre Lula e Lula.

O revogável

“Pobre Mercadante: até para sair da liderança tem que pedir autorização ao Lula.

(Deputado Fernando Gabeira)

mercadante revogado

Brasil é campeão do Grand Prix de vôlei

Uma grande alegria!

voleibrasilO Brasil foi campeão do Grand Prix feminino, vencendo o Japão por 3 sets a 1. Exatamente um ano após o título olímpico, a seleção liderada pelo técnico José Roberto Guimarães terminou a competição com campanha impecável, ganhando nove partidas na primeira fase e as cinco da fase final.

O título no Japão foi o quarto somente em 2009: a seleção brasileira conquistou o Torneio de Montreux, na Suíça; a Copa Pan-Americana, nos Estados Unidos; e o Torneio Classificatório para o Mundial 2010, que aconteceu em Minas Gerais.

Fonte: eband

domingo, agosto 23, 2009

Clarice Lispector

"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão..."
(Clarice Lispector)

sábado, agosto 22, 2009

12 flagrantes...

Vôlei...vamos torcer!

Brasil bate Alemanha e se aproxima do título no Grand Prix

Seleção fez 3 sets a 0 e pode até ser campeã com mais uma vitória - pega a Holanda neste *sábado, às 3h30

Mari e as colegas de time comemoram a vitória

TÓQUIO - A seleção brasileira feminina de vôlei não teve problemas para vencer a Alemanha por 3 sets a 0, nesta sexta-feira, 21, com parciais de 25/15, 25/15 e 25/16, e ficar ainda mais perto de conquistar seu oitavo título do Grand Prix, que será decidido no Ginásio Metropolitano de Tóquio.

As brasileiras, invictas no torneio, não deram chance às alemãs e neste sábado (às 3h30 de Brasília) enfrentam a Holanda, em um jogo que é considerado a final antecipada do torneio. A seleção brasileira lidera as finais com três vitórias em três jogos, campanha que só poderia ser alcançada pela Holanda.

*Creio que eles quiseram dizer domingo

Vamos torcer para que o Brasil ganhe algo mais do que a vergonha que a política & politiqueiros nos propiciam!

Torcida!!!

ass. Torcedora  byNikT Fonte: estadão

quinta-feira, agosto 20, 2009

Filosofando

filosofando WC

O drama do PT

"Que dia!

por Lucia Hippolito em 19.08.09

E eu que pensava que a data mais triste da história do PT tinha sido o dia 11 de agosto de 2005!

Para os que não se lembram mais, naquele dia o marqueteiro do presidente Lula, Duda Mendonça, declarou, simplesmente e com todas as letras, que o PT pagou parte da campanha eleitoral do presidente Lula, do senador Aloísio Mercadante, da candidata a governadora Benedita da Silva e do candidato a governador José Genoíno com dinheiro de caixa dois.

De contas no exterior para uma conta de Duda Mendonça, também no exterior.

Ao final do depoimento, deputados petistas choraram no plenário da Câmara, a senadora Ideli Salvati passou mal, o senador Aloísio Mercadante fazia ares patéticos, senadores e deputados petistas na CPI dos Correios ficaram completamente atarantados diante da bomba que Duda Mendonça jogou no PT e no governo do presidente Lula.

De lá para cá, nunca mais o partido foi o mesmo. Muitos militantes e eleitores, desencantados, procuraram outras paragens.

O PT não desapareceu, apenas mudou de personalidade. Perdeu quase todo o seu patrimônio ético, dilapidou seu capital. Tornou-se um partido inteiramente dependente da imensa popularidade do presidente Lula.

Tornou-se refém do PMDB.

Os antigos dirigentes do PT hoje são réus no Supremo Tribunal Federal, acusados de pertencer – e alguns, de liderar – uma “sofisticada organização criminosa”.

Quanto ao presidente Lula, descolou-se do partido e decolou em carreira solo. Criou o lulismo, tornou-se aliado do que há de mais execrável na política brasileira e segue em frente, feliz da vida.

Deixa no PT um rastro de destruição.

Pois hoje o Partido dos Trabalhadores viveu mais um dia daqueles!

Mais uma vez o PT abandonou às traças o melhor de si mesmo.

Enquadrado pelo presidente Lula, o partido foi o principal responsável pelo salvamento de José Sarney, assim como tinha sido o principal responsável pelo salvamento do mandato de Renan Calheiros.

E no mesmo dia, perdeu a senadora Marina Silva, representante maior do que restava do patrimônio ético do partido.

Perdeu também o senador Flavio Arns, do Paraná, descontente com os rumos tomados pelo PT.

Finalmente, perdeu totalmente a compostura.

Que dia! Nem a oposição mais assanhada se animou a comemorar. Pois não há nada a festejar. Não se festeja uma tragédia."

Pois é. Lula deu a corda e eles se enforcaram, bem feito!!! Adeus arrogância PTista

PT e seu novo símbolo!

Que tal "Mercadante"?

quarta-feira, agosto 19, 2009

Mercadante, mais um “diplomado”

Mercadante disse que era Doutor. Não era e nunca foi.

Blog Reinaldo Azevedo

mercadante(1)O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) também pode nos espantar pela capacidade de sobrepor uma inverdade à outra. Tentando responder ao fato óbvio de que as informações sobre o currículo de Dilma eram mentirosas, resolveu atacar o currículo do governador José Serra. Falo disso em outro post. Referindo-se a si mesmo, afirmou o senador: “Eu mesmo pus no meu currículo que era MESTRANDO e saiu lá MESTRADO”. Como se nota, teria sido só um engano, cometido por assessores, naturalmente. Aliás, há sempre gente na periferia do senador praticando desatinos sem que ela saiba. Lembram-se de seu homem de confiança, envolvido com os aloprados, carregando a mala de dinheiro? Mercadante não sabia. Mas voltemos ao currículo. Errado!!! Mercadante está faltando com a verdade. De novo!

No seu currículo, constava que era DOUTOR, não mestre. E ele nunca foi. E o “erro” não estava só no papel, não. Num debate eleitoral da TV Gazeta, em 2006, quando disputava o Governo de São Paulo, ele próprio disse, de viva voz: “Fiz mestrado e doutorado [em economia] na Unicamp”. Ele falou. Não foi nenhum assessor que falou por ele. A Gazeta deve ter a fita. No dia 16 de agosto de 2006, há três anos, escrevi um post a respeito. Destaco um trecho:

No debate da TV Gazeta, aquele que ninguém viu - ou quase, hehe -, o candidato do PT ao governo de São Paulo disse: “Fiz mestrado e doutorado [em economia] na Unicamp”. Ops! Não fez, não. Vai ter de mostrar o canudo. Mas, para mostrar, terá de fabricar um primeiro. Busquem lá as informações na universidade: ele até acompanhou algumas aulas do doutorado, mas, como não apresentou a tese, foi desligado do programa. Vaidoso que é, até pode se considerar um doutor honorário - em economia ou no que quer que seja (ele sempre fala com igual convicção sobre qualquer assunto, especialmente os que desconhece). Mas doutor em economia pela Unicamp, ah, isso ele não é.

Mercadante, a exemplo de Dilma Rousseff, teve de corrigir o seu currículo. Como já escrevi aqui certa feita, o petismo é mesmo engraçado: quem não tem diploma se orgulha de não tê-lo; quem se orgulha de tê-lo não o tem.

Dilma..."agiliza"!!!

terça-feira, agosto 18, 2009

O futuro dirá.

"Ainda há muito terreno pela frente


João Ubaldo Ribeiro

Hesitei antes de falar sobre as proibições de fumar que se avolumam a cada dia, mobilizando, como no caso de São Paulo, esquadrões de funcionários públicos, em operações cinematográficas de repressão aos infratores. O sujeito que faz algum reparo às leis antifumo é imediatamente qualificado de vendido à facinorosa indústria do tabaco.

Como, pelo menos no meu caso, nunca recebi um tostão de nenhum fabricante de cigarros ou plantador de tabaco, devo ser ainda pior, ou seja, inocente útil, análogo aos do tempo do comunismo, que nem ao menos botavam a mão no celebrado ouro de Moscou.

Mas também não vou defender o cigarro. Do ponto de vista da saúde, não há nada de bom que possa ser dito do cigarro, nem mesmo do efeito ansiolítico que tem sobre os viciados. Certamente é melhor que ele se receite com um especialista do que se envenenar fumando. É também inegável que para muitos cigarro cheira mal, empesteia o ambiente e causa diversos transtornos, alguns de grande monta, como incêndios ou explosões. E, evidentemente, o não fumante tem o direito de exigir não ser vítima dos efeitos de algo que ele evita.

Mas as leis vão bem além disso. Protegem também o fumante que não quer ser protegido e que não tem intenção de largar o cigarro. Lembro de uma piada velha, cujo protagonista é um beberrão, mas podia ser um tabagista. O amigo do fumante diz que ele deve parar porque o fumo é uma morte lenta. Ao que o fumante, como vocês sabem, responde que tudo bem, ele não está com pressa. O fumante também sabe disso e a relação do homem com a morte e a saúde é complicada demais para ser legislada. A trajetória individual do ser pensante é rica demais, irracional demais, para ser presa a esse "dever-ser" incorporado pelo Estado.

A lógica por trás da proteção é perigosa porque leva a situações cujos limites ainda não podem ser traçados e são demasiadamente vagos. Já li que, em algum lugar do famoso Primeiro Mundo, serão proibidas peças em que os atores fumam e, se não me engano, já apareceu um problema em São Paulo, pois um personagem fuma e não se pode fumar em teatros. Se as peças suspeitas de induzir ao tabagismo são proibidas, por que não proibir logo romances ou matérias jornalísticas que de alguma forma apresentem o fumo sob uma luz neutra ou favorável? A proteção também tem falhas, que podem ser sanadas por novas investidas desses engenheiros sociais.

Não é possível que não se tenha notado que um setor da população particularmente vulnerável não foi contemplado pela legislação. As crianças de pais fumantes continuam a ser expostas aos efeitos da fumaça, o que pode vir a justificar que, no futuro, se apliquem sanções severas a quem tem filhos e fuma. Imagino que um dos mecanismos para isso seria interrogar as crianças todos os dias, nas escolas, sobre os pais fumantes.

Os dedos-duros infantis receberiam, é claro, diversos reforços, talvez até nas notas. E acredito que, para os mais exaltados, tirar dos pais fumantes a guarda dos filhos não seria uma medida de todo incogitável.

Alega-se também, com base em afirmações estatísticas discutíveis, que os custos impostos pelos fumantes à saúde pública são muito grandes.

Se a moda pegar, vamos com certeza testemunhar outros esforços nesse sentido, todos eles envolvendo o controle do comportamento individual.

Além disso, a burrice e a falta de ter o que fazer às vezes dominam o cenário e não acho inteiramente descabido imaginar um legislador que pretenda, por exemplo, banir as motos da circulação em grandes cidades, por causa das despesas públicas com o socorro e assistência aos acidentados.

Para muitas pessoas, há um prazer mórbido em proibir, em uniformizar o comportamento alheio. Muita gente também não fica satisfeita apenas em ver a proibição estabelecida, como agora, porque o fato de existir alguém que fume, mesmo socado dentro de casa, irrita e exaspera, a ponto de dar vontade de prender o infeliz ou degredá-lo numa ilha deserta sem nada que ele possa fumar. É disso que tenho medo,porque me acostumei a um pouquinho de privacidade e vejo que ela vai gradualmente para a cucuia. Segundo me contam, por exemplo, a Microsoft está experimentando um programa para proteger trabalhadores, monitorando permanentemente dados como pressão arterial, batimentos cardíacos, respiração etc. Ótimos para prevenir, por exemplo, um infarto, mas também bons para pegar a hora em que um email irritou seu destinatário ou um cochilo curto interrompeu o trabalho.

Algumas empresas já testam regularmente seus empregados, para verificar se, mesmo em casa e sem incomodar ninguém, usam alguma substância nociva ou proibida. Não sei se monitoram quem fuma em casa, mas deve haver algumas que o façam e não duvido nada que algum empresário brasileiro não esteja sonhando com isso.

Bem, tem que goste. O mundo, com essas medidas, não fica tão inquietante, tão desarrumado, tão imprevisível.

Vamos ser cada vez mais como as abelhas, as formigas ou os cupins, tudo organizado, tudo uniforme, nenhuma atividade inútil, todo mundo se comportando em função do bem comum, ninguém fazendo nada que não possa ser racionalmente justificado.

Eu sei que haverá quem ache que nisso vai um certo exagero e eu concordo: exagero nas previsões moderadas, porque suspeito que a verdade vai ser muito pior e fico bastante grato por, se der sorte, não estar mais aqui para ver. Quanto aos antitabagistas militantes ou religiosos, que tenham sucesso nas próximas batalhas para varrer o feio vício da face da terra. Mais cedo ou mais tarde, todos comemorarão na área de não fumantes do cemitério.
"

Uma pertinente reflexão do Sr. João Ubaldo Ribeiro, mas a última frase é um primor !

Advertência

segunda-feira, agosto 17, 2009

Analfabeto

"O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.

Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

(Bertolt Brecht)

Gentilmente Sagesse me esclareceu a autoria.

De novo: falso ou verdadeiro?

o-apagão-de-dilma

Em que estado se encontravam as lamparinas do juízo da ministra Dilma Rousseff quando ela negou o encontro que teve no final do ano passado no Palácio do Planalto com a então secretária da Receita Federal Lina Vieira?

Não teria sido mais fácil confirmar o encontro e negar o que Lina disse ter ouvido dela? Ou afirmar que fora mal entendida?

Lina contou à Folha de S. Paulo que fora chamada para uma reunião com Dilma. O portador do convite – ou da convocação, se preferirem – não foi ninguém menos que Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil.

Inusitado que tenha sido Erenice. Ela é importante demais para sair dos seus domínios e se ocupar com tarefa tão prosaica.

Mas por inusitado, parece crível. Erenice não discute ordens de Dilma. Está ali para fazer o que ela manda. O resto da equipe da Casa Civil, também.

Alguns assessores veneram a ministra. A maioria teme seus ataques de cólera. O chefe do Gabinete de Segurança da Presidência, general Jorge Armando Felix, já foi alvo de um deles. Inesquecível!

Lina revelou ter ouvido de Dilma a recomendação para que apressasse as investigações em torno dos negócios suspeitos do empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP).

A Polícia Federal chegou a pedir a prisão dele, recusada por um juiz do Maranhão. Lina foi embora do gabinete de Dilma e não falou mais com ela sobre o assunto.

A assessoria da ministra negou tudo – o encontro e a conversa sobre Fernando Sarney. No dia seguinte foi a própria ministra que negou. E voltou a negar mais duas vezes.

Fala, Lina: "Ela me perguntou se eu podia agilizar a fiscalização do filho do Sarney. Fui embora e não dei retorno. Acho que eles não queriam problema com o Sarney."

Fala, Dilma: "Eu não fiz esse pedido. Olha, eu encontrei com a secretária da Receita várias vezes, com outras pessoas junto, em grandes reuniões. Essa reunião privada a que ela se refere, eu não tive com ela."

Fala de novo, Lina: "Ela sabe que eu estive lá e sabe que falou comigo. Não custava nada ela ter dito a verdade."

Vai na bola, Dilma: “Há coisas que a gente não afirma; a gente prova. Não vou fazer avaliação subjetiva quanto a interesses de ninguém”.

Devolve a bola, Lina: “Qual a dificuldade [de a ministra admitir o encontro]? Na minha biografia não existe mentira”.

Por sua vez, Erenice negou ter sido portadora de convite para que Lina se reunisse com Dilma.

Erenice falou por meio de nota oficial: “A secretária-executiva da Casa Civil da presidência da República afirma que jamais esteve no gabinete de trabalho da ex-secretaria da Receita Federal Lina Vieira”.

Rebateu de viva voz Iraneth Dias, ex-chefe de gabinete de Lina: “Eu confirmo que ela esteve aqui e que a secretária falou que iria ao palácio”.

Quem fala a verdade?

É o que quer saber a Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Ela convidou Lina para depor amanhã.

Lina pediu passagem e hospedagem para voltar a Brasília. Está de repouso numa praia. Alguns senadores querem ouvir também Dilma e, se possível, acareá-la com Lina. Nem pensar, retruca o governo.

Seria muito fácil para o governo provar que a verdade está do lado de Dilma e Erenice.

Ninguém entra no palácio sem ser identificado.

Nenhum carro estaciona ali sem ter a placa anotada.

Ninguém circula pelos corredores a salvo de câmeras de televisão.

Depois de consultar seus arquivos por que o governo não disse simplesmente que Lina mentiu?
De duas, uma: não disse porque Lina falou a verdade. Ou porque o apagão nas lamparinas do juízo de Dilma o deixou sem saída. Recolheu-se ao silêncio obsequioso.

De resto, Dilma já mentiu em outras ocasiões.

  • Disse, por exemplo, que era mestre e doutoranda pela Universidade de Campinas – falso.
  • Disse que não participou da luta armada contra a ditadura de 64 – falso.
  • Disse que o governo não fez dossiê sobre despesas sigilosas do governo Fernando Henrique – nada mais falso.

Fonte: Ricardo Noblat

Em sendo como o acima relatado, será que já poderemos considerar a “Dra. Dilma” uma mitomaníaca?

Hoje, Um minuto de silêncio às 13:00 hs

Manifeste o seu pesar.

sábado, agosto 15, 2009

Deleite seus olhos e seu espírito!

Emocionante assistir a arte...

O que é oxímoro...

Oxímoro é, segundo o dicionário Houaiss, uma figura de retórica, na qual se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam uma expressão.

Por exemplo:
o grito do silêncio, silêncio ensurdecedor, obscura claridade, contentamento descontente, ilustre desconhecido e por aí vai.

Noutro exemplo, Escola Superior de Guerra é um oxímoro, na opinião de Millôr Fernandes.
Segundo ele, sendo de guerra não poderia ser superior.

Pois é.

O Brasil, além de tudo, é mesmo um país "oximoroso". O autor da descoberta é o Professor de português Sérgio Rodrigues.
Há um tremendo oxímoro que não sai das manchetes dos jornais nos últimos dias:

"Conselho de Ética do Senado"Mikey ri byNickT

Filosofando


Para o leitor Andy

Ele escreve:

"Não concordo com nada que você disse, na minha opinião, quem ta desesperada é a rede globo, pois os números são claros e a record tem tirado muitos profissionais de lá, quem é que não sabe que o bispo Macedo é ladrão????
isso já foi denunciado a mais de 15 anos e a globo vem desenterrar defunto, só falam em igreja e em Evangélicos pra criticar e mostrar denuncias, neese tempo todo que o JN ta no ar só teve uma matéria mostrando os trabalhos sociais e as coisas boas que os evangélicos fazem, porque não mostrar os dois lados da moeda??? será pq a maioria dos profissionais da Globo são espíritas e católicos???

Não tenho religião mas creio muito em Deus, pra mim Record, globo, rede Tv, etc...são tudo farinha do mesmo saco, só se preocupam com audiência e que se dane o resto, porque será que não mostram o final da história?? pq não interessa!!! temos que para de ser hipócritas e mostrar os dois lados, Diz pra mim quantas denúncias de Espíritas safados e ladrões você ja viu na globo??? Vai dizer que não existe??? safado e Picareta tem em todo lugar e em todas as classes, essa é minha opinião..
abraço até mais..."

Respondo:

Não fui eu quem disse nada, eu apenas republiquei (com devido crédito) a situação descrita por um meio de comunicação, e sua opinião - no caso "O Dia".

Claro, que se "repasso" publicando, estou concordando, mas não significa que em "gênero, número e grau" - matéria como a mencionada não me inspira qualquer adendo - a meu ver é uma nota um tanto tendenciosa, mas engraçada, me recorda tomada de "recursos" provisórios com tendência a "risco de fundo perdido."

Se a rede Globo está desesperada...não sei, talvez... o seu "padrão de qualidade", em meu critério, como espectadora, vem caindo largamente e ja faz algum tempo, no entanto, não creio que seja a rede Record que venha causando esse “delei” na rede Globo - creio mais que ela venha se deteriorando por falta de competência de seus dirigentes, enquanto que a perda de profissionais pertence a rede SBT, como o menciona você, Gugu. Se sei de “menos”, me perdoe, eu sou um tanto avessa a ler notícias sobre quem vai trabalhar para quem em outras estações de TV.

Quando a Edir Macedo, auto-proclamado “bispo”, realmente não é novidade alguma que abriu um “negócio” quando fundou a Igreja Universal do Reino de Deus; não é diferente no que diz respeito aos “bispos” da Igreja Apostólica Renascer, marido, mulher e filhos roubando dinheiro dos incautos para progredir econômica e socialmente. Tudo tão notório, tudo tão visível, se não há punição para esses “estelionatários do povo” é porque o governo não tem interesse, talvez, muito pelo contrário.

Quanto aos espíritas e católicos, em particular eu conheço algumas pequenas “aldeias” de apoio à carentes e que funcionam muito bem, em particular espíritas, instituições que não teem rede de TV, não compram imóveis caríssimos em Londres para seus cultos, não se preocupam com “projeção”. Desconheço, tanto pela Globo, como por qualquer outra rede, denúncia de instituições católicas ou espíritas – digo “instituições”, que tenham merecido manchete por enganar necessitados que recorreram a elas...bem, há aqueles “padres” que compram carros para mocinhos e, de fato, não se tem mais notícia do que que aquilo “virou”, mas que cheirava mal, sim, é verdade.

Não discordo de você, “safados e picaretas” há em todas as classes, em todas as cidades, em todos os Estados, em todos os Países, em todas as pretensas crenças...há na rede Record, na rede TV, na rede Globo...Há.

Para não mais haver, o que é necessário? Que existam mais “Andy’s” a questionar tudo isso; a comentar e espalhar por ai que é preciso cobrar, que é preciso estar atento para que as “redes” não nos enganem, não nos mastiguem...e cuspam fora quando já não lhes formos mais úteis. Há que não se permitir que haja o "quarto poder".

Há que se manifestar.

AMC

sexta-feira, agosto 14, 2009

Fantasia & Realidade

Dos amores dos quais tive notícia em minha adolescência...

foi o de final mais triste.

“JESUS É O CAMINHO, EDIR MACEDO É O PEDÁGIO”

Briga Record X Globo: "Edir Macedo está encrencado e ponto final"


Briga entre as grandes emissoras nacionais Briga entre as grandes emissoras nacionais

A atenção não se voltou nem para Gugu, nem Sivio Santos. Os personagens que roubaram a cena essa semana na TV aberta foram os telejornais da Rede Globo e da Record.

Com as denúncias contra o bispo Edir Macedo, mostradas em raros e enfatizados 10 minutos no Jornal Nacional, a Globo colocou lenha na fogueira. Briga pela audiência? Também. Mas não se pode esquecer do fundamental: a notícia. "O bispo está encrencado e ponto final". Ninguém comenta quando a Globo mostra os escândalos de Sarney. E olha, que no Maranhão, ele é dono de várias afiliadas da Globo. Claro que bater na principal concorrente tem um gostinho melhor.

Nos telejornais da Globo, a pancada na Record veio acompanhada de alguns detalhes. Após a matéria do Jornal Nacional, noticiário policial. Ou seja, a emissora da Universal é caso de polícia. No Jornal Hoje, após a execração dos bispos da IURD, o que aparece? Criança Esperança. Só faltou dizer: aqui seu dinheiro é usado para o bem.

No Jornal da Record, a resposta foi vaga. Ao lado de Celso Freitas, uma Ana Paula Padrão constrangida chamou a matéria que apelou para a participação de Roberto Marinho no regime militar, evocou os números da audiência e tentou colocar a Globo como “desesperada”.

Mal editada e sem conteúdo, a matéria usou uma estratégia errada. Comparar o tempo que a Globo e as outras emissoras deram para a cobertura do escândalo foi de fazer rir. Ora, quem decide o tempo de uma matéria é a linha editorial da emissora.

O caso Edir Macedo não poderia chegar em pior hora para a Record e pode ser uma pedra, ainda que pequena, no rumo à liderança.

Fonte: odia

O título do post me chegou por um amigo através de e-mail como sendo “a frase do dia”.

"O QUINTO DOS INFERNOS"

Multiplicado...


Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal.

Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto".

Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.

O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que foi apelidado de "O Quinto dos Infernos".

A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final deste ano de 2009 a 38% ou praticamente 2/5(dois quintos) de nossa produção.

Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...

Para que? Para sustentar a corrupção, o PAC, o mensalão, o Senado com sua legião de "diretores", a festa das passagens, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar no executivo.

Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar esta corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa.

E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente!

Não basta apagar o fogo!

É preciso amar

bombeiro

quinta-feira, agosto 13, 2009

Todo dia tem

A gente se acostuma, mas não deveria

    "Eu sei que a gente se acostuma. Mas não deveria ...

    A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem outra vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha pra fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

    A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o Jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

    A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz aceita ler todo dia, de guerra, dos números, da longa duração.

    A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

    A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios, a ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

    A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar por ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

    A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável, à contaminação da água do mar, à lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galos na madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta do pé, a não ter sequer uma planta.

    A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua o resto do corpo.. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

    A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto acostumar, se perde de si mesma. "

    Marina Colasanti

Alerta!!!

Animação - contágio de gripes & outros
É bem nojento, mas tanto melhor para mostrar e ensinar para as crianças!

quarta-feira, agosto 12, 2009

“PRINCÍPIOS DA DOMINAÇÃO PELA PROPAGANDA”

“Tá tudo dominado”

Maria Lucia Victor Barbosa

Durante quatro eleições presidenciais o PT tentou elevar ao cargo máximo da República o pernambucano Lula da Silva. Por que só na quarta eleição conseguiu? Por que finalmente o ex-sindicalista foi considerado carismático, gênio da raça, “luz do mundo”? A resposta é simples: porque nas três eleições perdidas a propaganda do PT era fraquíssima.

Só quando Duda Mendonça entrou em cena foi que as coisas mudaram. O eleitorado cativo de 30% foi ampliado e eleitores antes avessos ao discurso
incendiário do líder sindical se rederam à barba aparada, ao terno Armani, ao discurso conciliador que nada tinha mais a ver com o prometido e nebuloso socialismo petista que, diga-se de passagem, nunca
foi esclarecido.

Na propaganda da quarta eleição e, sobretudo, na manutenção do poder petista, o marqueteiro real colocou em prática alguns princípios que ilustrarei com uns poucos exemplos para melhor compreensão das técnicas empregadas.

1 – Simplificação ou inimigo único. – É importante ter um símbolo e transformar o adversário em um único inimigo. Os símbolos tem se sucedido: Fome Zero, pré-sal, PAC. O adversário é a “elite”, apesar de
Lula e companheiros serem hoje a elite do poder, econômica e política. Faz tempo que o PT largou o macacão e veste Armani. Mas para efeitos
externos, elite é inimiga e coisa ruim e o presidente da República um pobre operário.

2 – Método de Contagio – Imprescindível reunir vários adversários numa só categoria. Por isso se fala em “oposição” que não deixam o coitado do
Lula governar. A realidade mostra que não existe oposição para valer ao governo petista. Tudo está comprado, cooptado, dominado.

3 – Transposição – Carregar sobre os adversários os próprios erros e responder ataque por ataque faz parte da dominação, é importante. Assim, os outros são corruptos, imorais, inimigos da pátria. O PT é o único partido ético e sabe reagir ao menor esbarrão. Truculência é antiga lição aprendida em sindicatos e dá medo.

4 – Exagerar e Desfigurar – Quem já não ouviu que o impeachment de Lula da Silva, a defenestração de Sarney, a CPI da Petrobrás põem em perigo a
governabilidade? Mais uma mentira em que se acredita piamente

5 – Vulgarização – Pela boca de Lula o discurso é adaptado ao nível dos menos instruídos. O PT sabe que a capacidade receptiva da massa é limitada, que o povo tem grande facilidade em esquecer e um mínimo de esforço mental, que uma mentira repetida vira verdade e que quanto maior a mentira mais o povo nela acredita.

6 – Orquestração – Repetir um numero reduzido de idéias é importante. Para isso se cria um bordão: “nunca antes nesse país”, que vem
acompanhado das realizações que só Lula fez desde o descobrimento do Brasil, algo que converge sempre para o culto da personalidade do presidente,

7 – Renovação – Informações e argumentos devem seguir ritmo rápido de modo que quando o adversário criticar o público já está interessado em outro fato. Isso tem acontecido, inclusive, com a sucessão de escândalos de corrupção do governo, de tal forma vertiginosa que quando surge um o outro já está esquecido.

8 - Verossimilhança – Outro princípio que se baseia na construção de argumentos a partir de fontes diversas, através de informações fragmentárias. Exemplo: para ajudar o compañero e presidente do Paraguai, o bispo célebre por sua incontinência sexual, Lula da Silva
romperá o Tratado de Itaipu onerando mais ainda os brasileiros pelo uso da eletricidade. Nesse caso, Celso Amorim justifica o injustificável com um malabarismo verbal ao dizer que o Tratado restringe a comercialização de energia a “entes” dos dois países – Eletrobrás e Ande – “mas não diz que é cada um em seu país”. Estranhas explicações também foram dadas nos casos da Bolívia, Venezuela, Argentina, quando interesses do Brasil foram sacrificados em nome do projeto de poder de Lula da Silva na América Latina.

9 – Silenciação – As questões para as quais não se tem argumentos devem ser encobertas e dissimuladas com a ajuda dos meios de comunicação.
Exemplo: enquanto pessoas morrem em corredores de hospitais Lula da Silva diz diante de câmaras e microfones que a Saúde brasileira está perto da perfeição.

10 – Transfusão – É necessário criar um complexo de ódios que possam arraigar-se em atitudes primitivas. Lula e seu governo têm, com êxito, estimulado o ódio de negros contra brancos, de pobres contra ricos. A
culpa de tudo é dos “brancos de olhos azuis”.

11 – Unanimidade – Muitos devem ser convencidos de que pensam como todo mundo, de modo a criar a falsa impressão de unanimidade. Isso é visto
claramente nas pesquisas de opinião, quando Lula da Silva aparece com altos índices de aprovação.

Estes “Princípios de dominação pela Propaganda”, publicados em 24/06/2009 no Ex-Blog de Cesar Maia, não foram elaborados por Duda Mendonça ou qualquer outro marqueteiro do PT, mas por Joseph Goebbels, chefe de propaganda de Hitler. E se na adiantada Alemanha o Holocausto foi aceito com naturalidade, por que Mahmoud Ahmadinejad, que prega a destruição de Israel e nega o Holocausto, não pode ser recebido de braços abertos por Lula da Silva, tão afeito aos déspotas mundiais? Como dizia Boris Casoy: “Tá tudo dominado”.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

terça-feira, agosto 11, 2009

Desoladora realidade

EM SE COMPRANDO TUDO DÁ … VOTOS

Os homens são tão simplórios, e se deixam de tal forma dominar pelas necessidades do momento, que aquele que saiba enganar achará sempre quem se deixe enganar.(Maquiavel)

Nunca na história deste país se fez tão pouco caso da honra, de tal maneira se desprezou a ética, tanto se usou de meios escusos para corromper, para enlamear instituições, para comprar consciências. A amarga sensação que fica é a da total perda, por parte de um grande número de homens públicos, de qualquer noção de honestidade, de dignidade, de honradez.

O atual governo, contrariando todos os princípios apregoados enquanto estava na oposição, abandonou completamente o decoro no trato da coisa pública e partiu para o uso de um verdadeiro rolo compressor, comprando tudo e todos a sua volta, desde que possam, de alguma forma, interferir em seus objetivos.

Recordemos o esquema do mensalão, quando um grupo de aliados do Presidente, gente de dentro do governo, usou meios escusos para organizar a maior quadrilha jamais montada em qualquer lugar do mundo, com o objetivo de comprar o apoio de parlamentares e, em última instância, perpetuar no poder seu grupo político.

O então Procurador-geral da República, Dr Antônio Fernando de Souza, apresentou uma denúncia contundente contra os principais envolvidos no escândalo. Ficou de fora o Presidente da República que alegou desconhecer o esquema. Em termos jurídicos, a desculpa valeu. O Procurador-geral retirou-o da denúncia por não ter encontrado evidências firmes de seu envolvimento. Agora, firulas jurídicas à parte, parece pouco provável que alguém, dotado de capacidade de reflexão, tenha acreditado na história. A ser verídico o desconhecimento, cairíamos na dúvida que, à época, circulou na internet: será que temos um Presidente aparvalhado, incapaz de entender fatos que acontecem ao seu redor, protagonizados por seus mais íntimos colaboradores?

Em outra vertente, há o Bolsa Família, sem dúvida o maior programa de compra de votos do mundo. Trata-se de um programa que gera dependência, antes de estimular o desenvolvimento humano. As pessoas atendidas, recebendo o benefício sem nenhuma necessidade de contrapartida, ficam desestimuladas até de buscar emprego. Mesmo a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) chegou a afirmar que o programa “vicia” e que deixa os beneficiários “acomodados”.

Não é que alguém seja contra a minorar a aflição de quem tem fome. O problema é que o programa parte de uma premissa falsa ao confundir pobreza com fome. A esses últimos é mais do que justo assistir com recursos públicos. Aos pobres, a melhor ajuda que o governo poderia dar é investir corretamente em educação. Mas não, confundindo conceitos, prefere manter um Bolsa Família hiperdimensionado, gastando recursos que fazem falta à educação, uma vez que, assim como está, o retorno nas eleições, em termos de votos, tem sido muito compensador.

A comprovação de que não são todos os pobres no Brasil que estão famintos veio de uma pesquisa do IBGE, realizada em 2004 – Pesquisa de Orçamentos Familiares. Em uma parte dessa pesquisa, ficou constatado que o índice de pessoas abaixo do peso estava menor do que aquele considerado normal pela OMS. E, para a perplexidade dos que acenam com a necessidade de combater a fome para manter e ampliar o programa, verificou-se que, entre nós, a obesidade é um problema mais crítico do que a fome.

Não satisfeito em aliciar parlamentares para sua base de sustentação política e populações desassistidas para aumentar suas possibilidades eleitorais, o governo trata, também, de evitar qualquer problema nas ruas, em termos de manifestações públicas de desagrado contra os muitos desvios de ética praticados por seus correligionários e aliados. Nada melhor, então, do que colocar a União Nacional dos Estudantes igualmente em seu balcão de negócios.

É assim que o governo, da mesma forma que faz com sindicatos, resolveu patrocinar a UNE. As verbas federais, dessa forma, passaram a irrigar o movimento estudantil, seja em termos de patrocínio, como aconteceu em seu último congresso nacional, seja com a destinação de alguns milhões para a reconstrução de sua sede, seja, ainda, com o pagamento de generosas “mesadas” a seus dirigentes.

Com isso, foi neutralizado o espírito combativo que era a marca do movimento estudantil e eliminou-se toda possibilidade de agitações de rua indesejáveis. Um exemplo disso ocorreu no referido congresso, quando houve um protesto contra a CPI da Petrobras. Em outros tempos, seria a UNE a primeira a se mobilizar para exigir a completa elucidação dos fatos. Agora, sem sequer conhecer os resultados de uma CPI que nem começou, faz o protesto. Passam por cima da necessidade de se investigar denúncias de irregularidades em uma empresa cujo maior acionista é o governo, em um congresso que era patrocinado por esse mesmo governo. E o presidente da UNE tem a desfaçatez de dizer que não vê nada de errado nisso.

Com a prática da compra indiscriminada de todos que possam atrapalhar os desígnios do governo, este foi perdendo todos os escrúpulos. Conseguindo manter níveis elevados de popularidade, julga-se acima do bem e do mal, capaz de tudo, inclusive de defender crimes praticados por aliados, pouco se importando com a ética e com a moralidade pública. Pouco se importando com a evidência de que está corrompendo os brios de toda uma nação que, em um dia não tão distante, teve orgulho de se proclamar brasileira.

Gen Ex GILBERTO BARBOSA DE FIGUEIREDO

Presidente do Clube Militar

Fonte: e-mail

Alguém pode dizer que o Sr. Gilberto está errado?


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