Executivos e profissionais liberais querem criar legenda focada na eficiência da gestão pública.
Por Carla Jimenez
O povo paulista cravou a primeira opção, concedendo a Titirica uma votação recorde, seduzida pela simplicidade e objetividade de seu refrão “pior que tá não fica”. No entanto, a derrocada da candidatura de Skaf não significa que as propostas sérias, que preconizam a adoção de metas e resultados para a gestão pública, tenham sido arquivadas.
Amoedo:"Eles (sócios da Casa das Garças) não querem se envolver"
Recém-lançado na praça, o Partido Novo, que tem como fundadores um grupo de 180 pessoas, entre executivos, profissionais liberais e empresários, quer virar esse jogo e melhorar tudo o que está pior, com a inoculação da cultura empresarial no setor público.
O movimento é liderado pelo engenheiro carioca João Dionísio Amoedo, integrante do conselho de administração do Itaú BBA, que tenta angariar 500 mil assinaturas para que o Partido Novo seja reconhecido como organização política pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Não existe um partido voltado para o aspecto de eficiência em gestão”, diz Amoedo. “Precisamos levar gente para a área pública com essa proposta.” Em princípio, a ideia é positiva, avaliam especialistas, como o cientista político Murillo de Aragão, de Brasília. Mas não é uma luta fácil. “Há muitas nuances para o sucesso de um partido”, diz Aragão. “É preciso ter capilaridade nacional e nomes fortes para crescer logo.”
Se é verdade que não há em seu partido nenhum notável, com conexões importantes no mundo dos negócios, pelo menos um bom networking Amoedo tem. Ele é sócio do Instituto de Estudos de Política Econômica Casa das Garças, do Rio de Janeiro, que tem como um dos sócios fundadores Edmar Bacha, integrante da equipe econômica que formulou o Plano Real.
O instituto é frequentado por nomes de peso, como o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e os economistas Ilan Goldfajn e André Lara Resende, mas nem sua condição de associado ajudou-o a conquistar algum adepto nesse círculo. “ Eles não querem se envolver”, afirma Amoedo.
Por ora, o jeito é contentar-se com um grupo no qual os engenheiros, com 23 integrantes, e os administradores, com 22, são maioria, enquanto os pequenos empresários somam apenas 12 abnegados. “Não esperava que fosse diferente no início, mas recebemos um retorno muito bom das pessoas quando apresentamos a ideia”, diz Amoedo.
Fonte: Istoé
Resta saber se o Brasil precisa mesmo de mais um partido político, creio ser o contrário, muitos deveriam ser extintos por excesso de "F", ou seja: Falta de ética; falta de transparência; falta de idealismo; falta de honra em seus quadros; falta de escrúpulos de seus partidários; falta de freios em seus anseios por poder e enriquecimento pessoal; falta de zelo com as coisas públicas...Muito falta a esses, que não fariam a menor falta se Deus ajudasse e eles desaparecem da política nacional.
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