"Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto."

domingo, abril 20, 2008

Que raça é Essa!?


À guisa de ler , como faço sempre, as apreciações e comentários de meu amigo Toinho de Passira, deparei com uma "nota fora do tom habitual", sempre voltado à política dos governos Municipal, Estadual, Federal, algo incomum em "Toinho" - ele comenta sobre o assassinato de uma criança, ou melhor, se o publicou, concorda com o publicado na Revista Veja dessa semana, que ele reproduz e que ostenta na capa uma definição do crime: "Foram Eles"

Eu deixei a ele a resposta que abaixo reproduzo e o faço porque me sinto perplexa com a raça humana, não apenas e tão somente pelo bárbaro crime, mas em como nos dias de hoje podemos viver à sombra do mal, sob todos os aspectos.

Há inúmeras crianças nesse país que são "assassinadas" em vida, de muitas formas, modernas formas, tendo sido a criança "em questão" violentada em sua fragilidade e tendo estancada sua vida por um outro ser humano, de sua mesma raça: um ser humano. Tenha sido quem for, não foi seu cão de estimação, da raça animal, e sim, um ser humano, como eu, como você.

Há imensa deformidade no mundo e em nós, mas eu jamais havia assistido a alguma que mais me revoltasse sob todos os aspectos como essa ocorrência.

Uma criança pequena, um ser humano, foi constrangido e morto - um outro ser humano, alguém impiedoso, cometeu esse ato, mas tudo o que posso observar quanto a isso é a absorção dos meios de comunicação na exploração do fato e o intento de lucrar com o acontecimento.

"Exclusividade" - Jornais vendendo, audiência, promotor e advogados, se promovendo...Com a "necessidade" de informar ao "público", ao "povo", agências jornalisticas, de notícias, redes de TV, etc...todos caçando..."o criminoso"? Não, não, quanto engano! Caçando lucro, lucro com a morte de um ser indefeso e com a vida de um monstro. Há falas, há panos para as mangas, há muito à lucrar.

Incitar com isso o "povo"...e dai!? E esse povo? Formado por pessoas que jogam pedras na casa de alguém que não cometeu crime algum, senão o de ter concebido um criminoso, caso seja o caso do seu filho ser o assassino da própria filha dele...que povo é esse? A que raça pertencem? Essa é a nossa raça humana?

Me sinto mal e destroçada ao ter consciência de que não são apenas os "desabastecidos de chão e comida" que "comem criancinhas", assaltam e violam a nossa soberania individual; fico sem chão pensando em um ser humano fazendo isso ao seu próprio filho, mas me sinto enojada observando como essa estranha raça consegue viver, conviver e lucrar à sombra do mal.

Meu comentário à postagem de "Toinho de Passira"

"Você não foi o único que não resistiu comentar esse crime, tem uns dez dias até Reinaldo Azevedo comentou esse acontecimento tão estranho e tanto cruel.

Desde que os telejornais passaram a priorizar as notícias sobre a morte da criança, eu comecei a me sentir como se algo horrendo tivesse acontecido em minha própria vida...

...tem hora que dá uma tristeza, ela é desconhecida, falha, esquisita, ai me recordo do ocorrido e me sinto vazia, me sinto mal por pertencer à mesma raça da pessoa que vitimou a criança...um sentimento desordenado como o que me assolou quando do avião que trombou com uma parede...as imagens faziam com que se sentisse tanta impotência!

Um tanto de mal estar dentro de si mesmo e um tanto de revolta pela indiferença a que todos nós estamos expostos, tanto para a vida, quanto para a morte.

O ser humano é verdadeiramente assombroso!"
Ana Maria Cordovil

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá. Concordo com vc. Patéticas essas pessoas q têm a capacidade de apedrejar a casa alheia por culpa de parentes. Vc deve ter visto na televisão que certas pessoas acamparam em frente à delegacia onde o pai e a madrasta prestam depoimentos, foram detidos, etc, portando CADEIRAS DE PRAIA. Pois é...

Um abraço.

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