"Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto."

sábado, agosto 25, 2007

Santo, Santo, Santo...Que Teu Nome nunca seja em vão.

Cartas de Madre Thereza de Calcutá (trechos)


A revista "Time" publicou trechos do livro em sua página na internet. O livro foi compilado e editado pelo reverendo Brian Kolodiejchuk, um dos defensores de sua canonização.
O conteúdo das cartas não deve afetar a campanha pela santificação, já que muitos santos na história da Igreja eram perturbados por dúvidas em relação a sua fé, a começar por são Tomé, que duvidou que Jesus tinha ressuscitado. Além disso, de acordo com a Bíblia, o próprio Jesus questionou Deus, ao perguntar, na cruz: "Pai, por que me abandonaste?"
Mesmo assim, as cartas são um contraste à imagem pública de madre Teresa de incansável lutadora pelos pobres, movida sempre pela fé.
"Nunca li a história da vida de um santo que tivesse uma sombriedade espiritual tão intensa. Ninguém sabia que ela estava tão atormentada", disse o reverendo James Martin, editor da revista jesuíta "America".
Os textos tratam de vários assuntos, mas os que devem causar mais polêmica são os que constam do que a editora chamou de "cartas sombrias".
"Por favor reze especialmente por mim para que não estrague a obra d'Ele e que Nossa Senhor possa se mostrar -- pois há uma escuridão tão terrível dentro de mim, como se tudo estivesse morto", escreveu ela em 1953. "Tem sido assim mais ou menos desde que dei início à 'obra'."
Em 1956: "Tão profunda ânsia por Deus - e ... repulsa - vazio - sem fé - sem amor - sem fervor. (Salvar) almas não atrai - O céu não significa nada - reze por mim para que eu continue sorrindo para Ele apesar de tudo."
E em 1959: "Se não houver Deus - não pode haver alma - se não houver alma então, Jesus - Você também não é real."
Às vezes ela tinha dificuldade em rezar. "Digo palavras de orações comunitárias - e faço de tudo para tirar de cada palavra a doçura que ela tem de transmitir - mas minha oração de união já não existe - não rezo mais."

*

Foi muito bom ter conhecimento disso. Sempre tive muito medo de ser uma filha "orfã" e essa revelação de cartas de Madre Thereza me mostrou que não estou só.

Quando procuro orar, sim, me acontece, tem muito tempo:"Digo palavras de orações comunitárias - e faço de tudo para tirar de cada palavra a doçura que ela tem de transmitir - mas minha oração de união já não existe - não rezo mais."

Hoje, agora, fico feliz em saber que uma Santa como Madre Thereza, teve as mesmas dúvidas que eu tenho... "um ser entre nós", meramente mortal, também as sentiu .

Essa notícia me aliviou e com ela me sinto mais próxima do ser humano, embora muito distante da santidade de Madre Thereza de Calcutá. Tal conhecimento me fez sentir não apenas mais humana, mas menos devedora, ao que agradeço, a ela e a Deus.

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