"Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto."

sexta-feira, agosto 31, 2007

Vão-se os anéis



Que bom, ficam os dedos!

Hoje me dei conta de que não mais possuo as coisas belas que já possui. Coisas que foram tão acariciantes, tão simbólicas, tão relevantes. Muitas delas tão marcantes, remetiam a uma data especial, a um tempo há tanto passado e ainda outros recentes. Objetos de valor, de sonho...fantasia e realidade, alimentadores de minha vaidade.

Foram-se, em ocasiões diversas, perdidos na euforia demasiada ou em esteio à passagens rígidas. Alguns, sequestrados por ladrões, nos semáforos da vida.

Sentirei saudade deles, há alguns que se foram faz anos e dos quais não me esqueço, porque de beleza incomum e de incomum recordação.

Hoje dei-me conta de que eles quase inexistem, alguns esquecidos, alguns sobreviventes apenas na minha lembrança, mas ausentes de realidade.

Me consolou recordar o que dizia minha avó Delphina: "Vão-se os anés, mas ficam os dedos."

Sábia avó, que sobreviva em bom destino. Me fez recordar minha triste experiência, recente, em que quase perdi não apenas os dedos, mas toda a mão direita.

Sim avó, sou feliz por ter recuperado os meus dedos, mais me fariam falta do que os anéis que já os enfeitaram.



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