Uma luz no fim do Senado
Capítulo IV
Ed Ferreira/AE
INCHAÇO
O estudo da FGV propõe um corte de 40% no número
de funcionários terceirizados do Senado
Em meio a tanta notícia ruim vinda do Senado, destacava-se na semana passada o que parece ser uma das mais sadias decisões do seu presidente, José Sarney.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou a proposta de reforma administrativa da Casa feita a pedido de Sarney e que, se for implantada na sua integridade, vai produzir efeitos bastante positivos. A FGV propõe o corte de 40% dos funcionários comissionados e terceirizados, medida com prazo para ser concluída até o próximo ano. Também ficou decidida a extinção da maior parte das 181 diretorias do Senado. Por razões legais trabalhistas, isso será feito mediante um plano de demissão voluntária sem data para começar. Os técnicos responsáveis pela proposta calculam que haverá uma economia de 4 milhões de reais por ano com a redução do número de funções gerenciais. Para um orçamento de 2,7 bilhões de reais, o valor é praticamente insignificante, mas aponta pelo menos a intenção de conter alguns dos abusos. Resta ainda muita teia de aranha a ser retirada do que a revista inglesa The Economist desta semana definiu como uma "casa de horrores". A saber: a verba indenizatória, a cota de passagens aéreas, o auxílio-moradia, o carro oficial com motorista e o celular sem limite de gastos – os nichos dos escândalos – continuam inalterados. Os senadores também permanecerão com seu exército de assessores intocado até 2010.
Fonte: Veja
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