Na próxima terça-feira o Jornal Nacional comemora 40 anos no ar e não é preciso esperar a segunda chegar para conferir o novo visual preparado especialmente para celebrar a data. As principais mudanças já foram implantadas há algum tempo.
Noticiar sem opinar ou sem dar vida aos âncoras, essas sempre foram as marcas registradas do Jornal Nacional. Não importava quem estava à frente da bancada, o foco, sempre, foi o noticiário. Jamais fazer o telespectador pensar através do apresentador, e, sim, tirar suas próprias conclusões assistindo informativo que sempre foi sisudo.
Mas pra que mudar, quando, desde o início, o jornalístico é o mais assistido da TV nacional? Pra que mexer em algo que sempre deu certo e que figura, há quatro décadas, entre as principais audiências da Globo?
Bem, os tempos são outros e os índices do Jornal Nacional refletem isso. E isso é bom, porque, infelizmente, um produto líder no mercado só muda quando se vê acuado com o crescimento dos concorrentes.
Além do mais, o jornalismo televisivo, há tempos, não é o mesmo. Hoje não existe mais a caretice de um jornalista não poder sorrir, se emocionar, viver a notícia, e, claro, poder comentar o que acabou de ver, ou seja, participar da informação e "mastigar" para o telespectador, que, muitas vezes, não compreende o jargão jornalístico.
Foi assim que o Jornal Nacional aceitou que os tempos são outros e mergulhou de cabeça nas novas tendências. Agora, William Bonner e Fátima Bernardes, o casal 20 do telejornalismo brasileiro, interagem entre si e também com os repórteres do jornalístico, esmiuçando a informação e esclarecendo dúvidas, e, especialmente, dando a oportunidade de o repórter acrescentar o que, por questão de tempo, não pôde ser dito em sua matéria, mas que tinha importância.
Sorrir, lamentar uma informação triste, se revoltar com os nossos políticos ou com a violência, e, como todo ser humano, errar. Nesses novos tempos, o principal telejornal de nossa TV se permite errar, permite que sua equipe mostre que não é assim tão perfeita como quis demonstrar esse tempo todo, mas que, ainda assim, prova sobrar competência.
Não fosse assim, não teria sobrevivido por 40 longos anos. Por isso, parabéns ao Jornal Nacional e que as mudanças não parem por aí!
Fonte: cenaaberta.tv
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