A NCST (Nova Central Sindical), que diz representar 12 milhões de trabalhadores, desenvolveu um inusitado método de organização de manifestações.
Para encher a Esplanada dos Ministérios, recorre a “manifestantes” de aluguel. Recruta-os na periferia de Brasília. Remunera-os a R$ 40 por cabeça.
Deve-se a revelação aos repórteres Rodrigo Haidar e Filipe Coutinho.
Descobriram que, por R$ 80 mil, pode-se arrastar 2 mil pessoas até a porta do Congresso (leia).
Os protestos remunerados da Nova Central Sindical são organizados em parceria com uma de suas filiadas, a Contratuh (Confederação Nacional dos Trabalhadores).
Em contatos com a Contratuh, Haidar e Coutinho expressaram o desejo de organizar uma manifestação sob o lema “Fora Sarney”.
Ocultando dos interlocutores a condição de jornalista, a dupla logrou desvendar os segredos da indústria de agenciamento de protestos.
Desembolsando-se a quantia exigida, consegue-se alugar em Brasília pessoas dispostas a defender ou atacar a tudo e a qualquer um.
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