"Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto."

quarta-feira, outubro 03, 2007

Mônica & Renan


De "O Estado de São Paulo"

Após o ensaio para a revista Playboy, que chega às bancas nos próximos dias, a jornalista Mônica Veloso - pivô do escândalo que quase derrubou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira, 2, que lançará um livro no final de novembro sobre as relações entre a imprensa e os políticos em Brasília. "Vou comentar experiências que vivi e vi", afirmou. Mônica , que é capa da revista este mês, falou sobre o ensaio em entrevista coletiva nesta tarde.

Ela contou ainda que se tornou "personagem involuntária" da crise, disse jamais ter sido autora de denúncias contra o senador e ressaltou não se arrepender de nada do que fez nos últimos meses. Mônica rejeitou a comparação com a personagem Bebel, que no final da novela Paraíso Tropical presta depoimento em uma CPI fictícia, após ter se relacionado com um senador.

"Minha história é completamente diferente. Não vi nenhuma identificação."

Renan & Mônica

Por Reinaldo Azevedo

Voltei Livro, é?

Viram só? Ela não quer ser reconhecida apenas como um corpo bonito. O Brasil vive sob uma espécie de ditadura das e dos intelectuais... feios. Todo mundo quer contribuir com alguma “idéia”, especialmente as belas e os belos. Assim são reconhecidas como pessoas “de bem”. Uma besteira mesmo. As pessoas bonitas são dotadas de certa imunidade que quase as dispensa de ter uma moral. A constatação nem é minha. É de Thomas Mann. Por isso são muito vigiadas pelas feias, hehe. Se eu fosse lindão, viveria de escrever? Eu não. Trabalho como um mouro. Mas é falta de opção, rá, rá, rá. Mania que essa gente tem de ficar pelada e ainda ter algo a dizer... Puro preconceito.

Um livro de Mônica Velosinsky pode até ser interessante. Mas escrito por ela. Nada de chamar uma dessas gordotas de óculos, com mestrado na PUC, para ser ghost writer. Na terceira página, ela cita Habermas; na quinta, lá vem Umberto Eco; na nona, Adorno e um pau na vulgaridade dos meios de comunicação... Eu quero algo mais fescenino, mais excitante.

Posts abaixo, comento que os maiores veículos de comunicação do Brasil em sua área — VEJA, TV Globo, Folha — são sérios, não apelam à baixaria e ao sensacionalismo. E quem tentou outro caminho se deu mal, quebrou a cara. Em todo o mundo, existe essa mídia, que é a que conta, a influente, a que forma opinião. Mas observem: em países em que o pobre tem renda, onde o ignorante pode gastar uns trocos com informação, os tais tablóides fazem sucesso e vendem muito mais do que os jornais de respeito. São, como dizem seus detratores, sensacionalistas. No caso da Inglaterra, os famosos padecem um bocado. Os príncipes pagam mico até por serem heterossexuais, coitadinhos...

Já imaginaram um tablóide no Brasil, contando o bas-fond de Brasília, aquilo que a ghost writer hamermasiana de Mônica não revelaria? O Brasil já seria parlamentarista, acho eu. E cairia um gabinete a cada dois meses.

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