"Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto."

sexta-feira, novembro 16, 2007

"...há luz no fundo do túnel, que não seja um trem em sentido contrário?"



"FOI ASSIM QUE RENAN SERÁ ABSOLVIDO 5ª FEIRA

Pelo andar do andor, dá para ver que a pantomima está bem ensaiada, com falsos momentos de tensão de última hora, mas tudo acabará com um triste final feliz e não se falará mais do assunto.

Toinho de Passira


Fonte: Revista VEJA, Folha de São Paulo, O Globo, Blog do Noblat, Blog do Jamildo

No primeiro julgamento Renan recebeu dos companheiros senadores 40 votos pela sua absolvição, o que nos surpreendeu, esperávamos menos, agora, não nos surpreenderemos se os favoráveis chegarem bem próximo dos 50.

Além de manter quase todos os 40 já conseguidos, ganhará alguns dos que se abstiveram, e mais votos petistas, mais votos do PMDB e inéditos votos oposicionistas em grande número, numa revoada de tucanos.

O scrip dessa farsa começou a ser posto em prática no dia 11 de outubro, quando Renan seguindo finalmente a orientação de José Sarney, foi até o Senado e pediu licença do seu cargo de Presidente do Senado, por 45 dias, e que terminará no próximo dia 25 de novembro, dois dias depois do julgamento.

Na segunda fase Renan ficou sumido, enquanto o PMDB punha nas exigências para apoiar integralmente a abominável CPMF, além de algumas emendas liberadas, alguns cargos em estatais, a absolvição de Renan.

Como havia insinuações da imprensa sobre sua ausência do plenário, já que se licenciara da presidência, não do mandato de Senador, para não ser acusado de faltoso, tirou uma licença de 10 dias, para fazer exames médicos.

Acaba a licença médica, os acordos já estavam fechados, então com toda a humildade fingida Renan volta a freqüentar o Senado, instalando no seu gabinete comum, e como um simples senador mortal, circulou discretamente pelos corredores e plenários, dando abraços e distribuindo humildes sorrisos.

Paralelamente sua mulher, deu entrevista na Folha de São Paulo (veja texto abaixo) dizendo que o casal está em nova lua de mel, e ela até sonha em terem uma filha. Complementando até a amante, Mônica Veloso, surpreendentemente abençoou o casal, pela imprensa.

O governo fez o que quis com os integrantes do PMDB, para aprovar a CPMF na comissão de Justiça: o partido mostrava que não tinha meias medidas para cumprir sua parte no trato.

Veio o julgamento na comissão de ética, lá Renan perde por 9 a 3, mas fica sossegado, pois mesmo entre os nove que votaram contra, mudaram o voto quando ele cumprir o próximo passo do ritual combinado. Por isso, não houve movimentos da tropa de choque do senador, com pedidos de vista, apresentação de relatórios paralelos, preferiram a discrição.

De brinde ganhou absolvição do caso Schincariol, sem que ninguém protestasse.

O último gesto antes do julgamento será a renúncia de Renan da Presidência do Senado, às vésperas da votação, possivelmente um dia antes. Com esse ato, cairá nas graças de muita gente que se sente no direito de perdoá-lo, que com seu grupo sonha em tomar o seu cargo, de outros que acha que justifica o voto favorável, pois teria sido ele já suficientemente castigado com a perda do cargo.

Irão para os arquivos e para o esquecimento todo aquele amontoado de acusações, de notas frias, favorecimentos ilegais, promiscuidade com empreiteiras, mentiras seguidas da tribuna do Senado, pior ainda, da cadeira de Presidente do Senado.

A absolvição do Senador Renan Calheiros, consagrado pela jornalista Mirian leitão como o serial killer da ética, deveria motivar um processo coletivo, por falta de decoro parlamentar, contra todos os senadores que fingem acreditar na sua inocência.

Nenhuma das acusações contra Renan Calheiros, iniciados por acusações da revista Veja, mereceram uma investigação séria, pelos senadores relatores do senado. Todos fizeram uma investigação ética, contra alguém que era acusado de falta de ética. Pode ser falta de experiência investigativa, como pode ser também corporativismo.

No caso de Mônica Veloso e a pensão paga pela empreiteira, nunca se tomou depoimento da própria Mônica Veloso, que a época chegou a se oferecer para depor, e não poderia deixar de ser ouvida, mesmo que não tivesse nada a dizer. Os relatores chegaram a se vangloriar de não ter investigado, nada a fora dos documentos que lhes foi exibido.

Até a contabilidade de Renan, só foi investigada pela Polícia Federal, pois o Senador Simbá Machado (PT-AC), posto no cargo de Presidente da comissão de ética, por ideli Salvati, par ajudar Renan, pensou que os documentos do senador eram legítimos e sugeriu que a documentação fosse perícia da pela Polícia Federal e por isso mesmo foi apeado do cargo. Quando nomearam o senador João Pedro (PT-AM) como relator da segunda representação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no caso da cervejaria Schincariol, no Conselho de Ética do Senado, todo mundo falou que o senador iria ser inocentado.

O intrincado caso foi investigado apenas com um pedido de explicação para a Cervejaria, e a defesa do Senador Renan Calheiros, e não se tocou na pista de que o Presidente do senado tenha beneficiado a empresa com a reversão de uma dívida de R$ 100 milhões ao INSS.

O senador João Pedro diz que não encontrou provas contra Renan, mas não disse que também não procurou.

Até nos caso dos laranjas, que tem como relator o insuspeito Senador Jefferson Peres, vê-se pelo relatório, que as investigações, não passaram de uns depoimentos protocolares, e que o senador foi até bastante severo em considerar os “sete indícios encontrados” como prova suficiente para cassar o mandato de um Senador da República.

Foi assim que Renan será absolvido."

- Com licença! Eu preciso ir vomitar!

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