"Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto."

terça-feira, março 17, 2009

Grandes Mulheres do Brasil – Eliane Giardini

Eliane Giardini, nascida Eliane Teresinha Giardini, (Sorocaba, 20 de outubro de 1952) é uma atriz brasileira descendente de portugueses e italianos. Estudou na Escola de Teatro da Universidade de São Paulo. Entre 1973 e 1997 foi casada com o também ator Paulo Betti com quem teve duas filhas: Juliana e Mariana.

"Muito enérgica e independente, começou a trabalhar aos dezessete anos. Como atriz, começou por fazer um filme da autoria de um tio. Depois fez teatro amador e ingressou na Escola de Teatro da Universidade de São Paulo, onde, anos mais tarde, se formou atriz e namorou com o seu colega de curso Paulo Betti, com quem acabou por casar.

Juntos, iniciaram uma escalada na carreira de atores, primeiro mesmo em Sorocaba e, mais tarde, em São Paulo. É quando Eliane faz a sua estréia no cinema, com o filme "O Salário da Morte" (Quanto a teatro, a sua estréia foi com a peça "Marvada Carne").

Para ambos, começava também a antever-se uma promissora carreira na televisão, até que, por volta de 1977, Eliane engravida e dá à luz uma menina, de nome Juliana. Para cuidar da filha, Eliane decide fazer um intervalo na sua carreira de atriz. Quatro anos depois, nasce Mariana, a segunda filha do casal, e a pausa prolonga-se por mais três anos.

Finalmente, Eliane resolve retomar a sua carreira de atriz, enquanto Paulo vai conquistando grande popularidade. Para Eliane, a meta era deixar de ser, para o grande público, simplesmente "a mulher de Paulo Betti". Dona de um grande talento, conseguiu abrir espaço no teatro, o que lhe rendeu prêmios de Melhor Atriz, e também o cinema lhe abriu as portas. Todavia, a sua frustração era crescente. Afinal de contas, parara sete anos para se dedicar às filhas, justamente quando fora convidada para integrar o elenco de uma novela; o papel acabara por ser entregue à então estreante Cássia Kiss e Eliane caíra no esquecimento. Agora, era uma atriz premiada, mas não conseguia alcançar a fama, o estrelato, algo que (tinha consciência disso) só seria atingido quando conseguisse chegar ao veículo dos sonhos: a televisão. Sentia-se de certa forma culpada por ter feito uma pausa na sua carreira, mas era uma mãe extremosa e dedicada, carinhosa, e a família estava primeiro. Para piorar, a carreira de Paulo tomara um caminho verdadeiramente ascendente e, em 1989, é agraciado com o personagem Timóteo, do estrondoso sucesso "Tieta", novela de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzohn e Ricardo Linhares, e é lançado, definitivamente, para um estatuto de estrela no meio artístico brasileiro.

Mais do que nunca, Eliane era apenas "a mulher de Paulo Betti". Por mais que se sentisse feliz com o êxito do marido, não podia deixar de se sentir também amargurada pela sua falta de sucesso. Doía-lhe demais sentir-se inferiorizada, o que chegou a provocar uma crise no casamento e lhe valeu um período de grande angústia.

Entretanto, José Wilker, na época diretor na extinta TV Manchete, convidou-a a integrar o elenco do remake de "Helena". Eliane empenhou-se, mas não conseguiu chamar a atenção. Terminada a novela, tornou a cair no esquecimento. Um ano depois, porém, acaba por ser chamada para a "fábrica de sonhos". A TV Globo contrata-a para interpretar a solteirona Lucinda na mini-série "Desejo", baseada na vida do escritor Euclides da Cunha.

Ainda assim, a sua carreira custava a arrancar e cada vez mais Eliane se deprimia. Vivendo já com Paulo e as filhas no Rio de Janeiro, o marido tornara-se uma espécie de coqueluche de Aguinaldo Silva. Em 1992, integrava o elenco de "Pedra Sobre Pedra", mais um sucesso do autor numa "novela das oito", ao mesmo tempo que Eliane era convidada para um pequeno papel em "Felicidade". Com o seu talento, conseguiu fazer crescer a sua Isaura, mas, estranhamente, não conseguia alcançar o estrelato. Continuava a ser "a mulher de Paulo Betti".

Terminada a novela, Eliane começava a convencer-se de que não possuía o talento necessário para conseguir um papel e a popularidade almejada. Começou a achar, também, que já era tarde para realizar o seu sonho. Afinal de contas, beirava já os 40 anos. Resolveu, então, fazer um ultimato a si mesma: se, até aos 40, não conseguisse alcançar a tão ambicionada fama, desistiria de lutar por esse sonho, resignando-se ao seu destino de dona-de-casa e mãe de família.

Foi então que, em 1992, já perto de completar os 40 anos, pouco antes da data fatídica, Eliane é convidada por Luís Fernando Carvalho para interpretar uma dona-de-casa recatada e submissa ao marido, a Dona Patroa, no grande êxito de Benedito Ruy Barbosa "Renascer". Encolhendo os ombros perante uma personagem aparentemente tão pouco interessante, Eliane, por descargo de consciência, resolveu aceitar... e o inesperado aconteceu! Em pouco tempo, Dona Patroa (ou melhor, Yolanda!) tornou-se o símbolo da mulher brasileira e Eliane Giardini a atriz morena de meia-idade preferida dos telespectadores. Com enorme surpresa sua, viu o seu nome citado com uma das mulheres mais bonitas do Brasil e até da famosa revista masculina "Playboy" começaram a chover convites para posar nua... o que não agradou às filhas, Juliana e Mariana, adolescentes nessa época.

O talento, beleza e sensualidade de Eliane, tão mencionados nos meios de comunicação social e nas imensas cartas de fãs que, de um momento para o outro, passou a receber, em que as mulheres a tinham por modelo e os homens diziam ser ela a mulher dos seus sonhos... tudo isso a levou a olhar melhor para si mesma. Afinal de contas, era considerada uma das mulheres mais belas e sensuais do país e, se era essa a imagem que passava, não podia decepcionar ninguém!

Com a ajuda das sessões de meditação, de que era adepta havia já alguns anos, tornou-se uma pessoa mais tranquila, ao mesmo tempo que se dedicava com imenso carisma, charme e simpatia, a fazer de tudo para não decepcionar os fãs, quer em relação ao seu imenso talento, quer no inerente à sua grande beleza, que se foi tornando cada vez mais e mais evidente.

A partir daí, a sua presença nos écrans tornou-se constante e conseguiu atrair a simpatia de todos...

Em 1996, a polêmica novela de Glória Perez "Explode Coração" trouxe aos écrans uma Eliane Giardini que poucos conheciam: a sua faceta cômica foi, finalmente, revelada. Eliane sempre fora uma pessoa muito alegre e cheia de humor e a inusitada cigana Lola chamou-lhe a atenção e, durante os meses de duração da novela, público e crítica foram unânimes em afirmar que Eliane possuía uma veia cômica hilariante.

Assim, um ano depois, Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares criaram a sedutora alcoólatra Santinha de "A Indomada", uma personagem a quem, segundo eles, somente Eliane poderia dar vida, devido à sua beleza, talento e carisma. Isto porque Santinha era uma personagem simultaneamente cômica e dramática, de grande destaque, fazendo parte do núcleo principal da trama, o que valeu a Eliane a oportunidade de confirmar, de uma vez por todas, o seu enorme talento e grande versatilidade, com uma das personagens mais difíceis (e mais aplaudidas) da sua carreira. Intercalando cenas verdadeiramente hilariantes com outras de extrema densidade dramática, conseguiu, mais uma vez, emocionar público e crítica, que a aplaudiram calorosamente.

Nesse mesmo ano, recebe o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Gramado, pela sua prestação no filme "O Amor Está no Ar".

Foi nesse período que uma bomba caiu na sociedade artística brasileira: Eliane Giardini e Paulo Betti, dois atores do elenco da novela da noite, "A Indomada", considerados um dos casais perfeitos do meio artístico brasileiro, separara-se. De fato, se, para Eliane, a carreira corria pelo melhor, o mesmo não sucedia com a sua vida pessoal. Depois de 25 anos de vida em comum, ela e Paulo decidiram separar as sua vidas. Foi uma separação amigável e os dois continuaram a conviver como bons amigos, de tal forma que chegou a falar-se em reconciliação. Falso alarme. Eliane envolveu-se com o seu colega Ernâni Jr., dezessete anos mais jovem (com quem contracenava na peça "A Dama do Serrado"), ao mesmo tempo que Paulo assumiu o romance com a atriz Maria Ribeiro, com vinte e três anos a menos.

Em 1999, Eliane volta aos écrans e ao seu estatuto de Sex-symbol, ao viver a sensual professora de dança Janete na divertida novela "Andando nas Nuvens". Para tal, viu-se obrigada a aprender a dançar, descobrindo uma paixão pela dança.

Grande apreciadora de leitura e escrita, chegou mesmo a escrever um seriado, "Mamãe Sabe-Tudo", inspirado no seu próprio quotidiano, que espera ser adaptado para a televisão.

Hoje, Eliane está onde sempre sonhou: sob as luzes da ribalta..."

A simpática atriz, de quem sites brasileiros pouco falam, também possui um website clic aqui , onde se pode encontrar informações muito interessantes sobre sua carreira, incluindo seu atual trabalho na TV Globo, como Indira, em “Caminho das Índias”

Fontes: Wikipédia, geocites

estrela dourada

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