"Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto."

quinta-feira, março 12, 2009

Grandes Mulheres do Brasil – Joana Fomm

Joana Fomm, nascida Joana Maria Fomm nasceu no dia 14 de setembro de 1939, em Belo Horizonte, mas foi registrada no Rio de Janeiro, onde veio morar ainda pequena. Formou-se na Escola de Arte Dramática Martins Pena. Ainda como atriz amadora, atuou na peça Paixão da Terra, montada no Teatro Municipal, com Grande Otelo, Paulo Goulart e Nicette Bruno.

Começou a trabalhar em televisão na TV Rio, participando de programas humorísticos ao lado de Manoel da Nóbrega e Zé Bonitinho, e na TV Continental, onde assinou seu primeiro contrato como atriz. Estreou no teatro profissional aos 19 anos, na peça Um estranho bate à porta, pela qual recebeu prêmio como atriz revelação. Ainda em 1958, participou do filme Um morto ao telefone, de Watson Macedo, recebendo novo prêmio, dessa vez como atriz coadjuvante.

Mudou-se para São Paulo, em seguida, onde integrou o grupo Teatro de Arena. Passou seis anos viajando pelo Brasil, encenando peças para camponeses em praças, coretos, conchas acústicas e adros de igreja. Com o golpe militar de 1964 e o fim do Teatro de Arena, a atriz voltou a São Paulo, passando a participar de filmes e de programas na TV Tupi.

Fez sua estréia na TV Globo em 1968, quando atuou nas novelas Demian, o homem proibido e A última valsa (1969), ambas dirigidas por Daniel Filho e escritas por Glória Magadan. Porém desentendeu-se com a autora e, em seguida, deixou a emissora. Em 1970, recebeu o prêmio Air France por sua atuação nos filmes As gatinhas, de Astolfo Araújo, e Gamal, o delírio do sexo, de João Batista de Andrade.

Entre 1970 e 1978, trabalhou no jornal Última hora, de Samuel Wainer, como crítica de cinema e repórter de variedades. Ao mesmo tempo, participou de novelas na TV Tupi, como As bruxas (1970) e A viagem (1975), de Ivani Ribeiro, e Ídolo de pano (1974), de Teixeira Filho.

Em 1977, Joana Fomm retornou à TV Globo, convidada por Daniel Filho, para participar da novela Sem lenço, sem documento, de Mário Prata. Na trama, dirigida por Régis Cardoso e Dennis Carvalho, a atriz contracenou com Ney Latorraca, Arlete Salles, entre outros.

No ano seguinte, participou de Dancin’ days, interpretando a maquiavélica Yolanda Pratini. Norma Bengell fora escalada para viver a personagem e chegou a gravar algumas cenas, mas abandonou a novela, após desentender-se com o diretor Daniel Filho. Joana Fomm, então, que inicialmente interpretava Neide, a empregada de Celina (Beatriz Segall), assumiu o papel de Yolanda Pratini. Por conta disso, diversas cenas foram regravadas às vésperas da estréia. Dancin’ days marcou a carreira de Joana Fomm na Globo, iniciando uma coleção de personagens más que a atriz viria a interpretar.

Ainda na década de 1970, Joana Fomm trabalhou em Os gigantes, de Lauro César Muniz. No papel de Vânia, uma pacata dona-de-casa, a atriz contracenou com Tarcísio Meira, Francisco Cuoco e Dina Sfat, entre outros.

No início da década de 1980, participou de diversas novelas da emissora, uma seguida da outra: Coração alado (1980), de Janete Clair; Brilhante (1981), de Gilberto Braga, quando interpretou uma psicanalista alcoólatra; Elas por elas (1982), de Cassiano Gabus Mendes, interpretando a rica Natália; e Eu prometo (1983), de Janete Clair, em que interpretou Helô, fazendo par romântico com o personagem de Walmor Chagas.

Joana Fomm participou também de alguns Casos especiais, como A morte no paraíso, adaptado por Doc Comparato e Joaquim de Assis, quando atuou ao lado de Rubens Corrêa e Renata Sorrah, e Alice-Alice, de Joaquim de Assis, contracenando com Eva Wilma, Lucélia Santos e Fúlvio Stefanini. Ambos foram apresentados em 1983, no Quarta nobre. Ainda naquele ano, Joana Fomm escreveu, ao lado de Sônia de Paula e Jayme Leibovitch, Uma história de amor, episódio apresentado em Caso verdade.

Em 1984, a atriz viveu outra personagem marcante em sua carreira: a vilã Lúcia Gouveia, de Corpo a corpo, novela de Gilberto Braga. Em seguida, em 1986, trabalhou em duas novelas: Cambalacho, de Silvio de Abreu, numa participação especial, e Roda de fogo, de Lauro César Muniz, quando viveu a personagem Telma, casada com o personagem de Hugo Carvana.

Em 1987, atuou em Bambolê, escrita por Daniel Más, quando viveu Fausta. Naquele ano, participou também da minissérie O pagador de promessas, de Dias Gomes, no papel de Marli. Em seguida, em 1989, brilhou como a interesseira e moralista Perpétua, na novela Tieta, adaptação da obra de Jorge Amado escrita por Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. Por seu trabalho, recebeu o Prêmio Golden Metais como melhor atriz de televisão.

Em 1991, Joana Fomm interpretou a divertida Carmem Maura, na novela Vamp, de Antônio Calmon. Sua personagem, mãe de cinco filhos, fazia par romântico com o Capitão, personagem de Reginaldo Faria. Em seguida, a atriz viveu mais uma vilã: a chantagista Salustiana, de Fera ferida (1993), novela escrita por Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.

Em 1994, Joana Fomm tornou a sair da TV Globo, e foi contratada pelo SBT, onde participou de novelas como As pupilas do senhor reitor e Razão de viver. Logo depois, já na TV Bandeirantes, trabalhou na telenovela Serras azuis.

Voltou à TV Globo em 2000, convidada para participar da novela Esplendor, de Ana Maria Moretszohn. Na trama, a atriz viveu Olga Norman, outra vilã. No ano seguinte, trabalhou em Porto dos Milagres, escrita por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, no papel de Rita, mulher do pescador Francisco, interpretado por Tonico Ferreira.

Ainda em 2001, a atriz participou da novela O clone, de Glória Perez, como a médica Cecília. Dois anos depois, participou de duas novelas: Agora é que são elas, de Ricardo Linhares, no papel de Dinorá, e Kubanacan, de Carlos Lombardi, quando interpretou Caridad. Joana Fomm participou ainda da novela Bang bang (2006), de Mário Prata, no papel da matriarca Miriam Viridiana MacGold, contracenando com Marisa Orth, Ney Latorraca e Mauro Mendonça, entre outros.

Mesmo trabalhando intensamente em televisão, a atriz nunca deixou de fazer cinema, nem teatro. No cinema, destacam-se suas atuações em: Todas as mulheres do mundo (1967) e Edu, coração de ouro (1968), ambos de Domingos Oliveira; O homem nu (1968), de Roberto Santos; Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; Fora das grades (1971), de Astolfo Araújo; O cavalinho azul (1984), de Eduardo Escorel; Césio 137, Pesadelo de Goiânia (1990), de Roberto Pires; Vai trabalhar, vagabundo II (1991), de Hugo Carvana; Quem matou Pixote (1996), de José Joffily; Copacabana (2001), de Carla Camurati; e Quanto vale, ou é por quilo? (2005), de Sérgio Bianchi. Joanna Fomm também escreveu um livro de contos, chamado A hora do café, lançado em 1979.

estrela dourada

Fonte: porondeanda

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